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Trabalhadores do Metrô de São Paulo podem entrar em greve nesta terça-feira

Os trabalhadores do metrô de São Paulo decidem hoje (14), em assembleia a ser realizada às 18h, se entram em greve a partir de 0h de terça-feira (15). A greve é uma manifestação contra a privatização das linhas de metrô e trem e a favor da melhoria do serviço para a população.

De acordo com o Sindicato dos Metroviários, o governador Tarcísio de Freitas tem a intenção de privatizar todo o sistema de metrô e trem de São Paulo, o que significa a piora do serviço e o aumento da tarifa. A presidente do sindicato, Camila Lisboa, disse que a experiência com as Linhas 8 e 9, administradas pela Via Mobilidade desde o início do ano, mostra que a privatização traz mais problemas do que soluções.

“Constantemente as linhas apresentam falhas, prejudicando a população. E diferente do que o governo diz, não economiza dinheiro do Estado, ao contrário, tem mais gasto porque esses contratos têm garantia de lucro por 30 anos. Além disso, preveem a existência de uma câmara de compensação que permite a retirada de dinheiro do metrô público e da CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos) pública para colocar nessas empresas privadas”, afirmou Camila.

A greve também é um protesto contra a demissão de três funcionários que atuavam no momento em que duas composições de trens da Linha 15 – Prata colidiram, deixando toda a operação paralisada. O acidente ocorreu entre as estações Sapopemba e Jardim Planalto, na zona leste, por volta das 4h30, antes do início da operação comercial, durante a movimentação de posicionamento dos trens, informou a Companhia do Metropolitano de São Paulo – Metrô.

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Segundo Camila, os funcionários foram apontados como culpados pelo incidente, porém a linha registra diversas falhas de operação que ocasionam os problemas. “Nós entramos com uma ação no Tribunal de Contas do Estado questionando o edital que prevê a terceirização dos serviços de manutenção dos trens da Linha 15 – Prata e que não exige a garantia do serviço da parte da empresa que vencer o certame”, disse Camila.

A presidente do sindicato informou que ainda hoje haverá uma reunião entre Sindicato e Metrô para tentar chegar a um acordo que evite a greve. “Nossa expectativa é que seja retirado esse edital porque ele é um passo muito concreto e agressivo no processo de privatização da Linha 15 – Prata, que é parte da CPTM e que nós defendemos que continue sendo uma linha pública com mais investimentos do Estado”, afirmou.

Camila também disse que a decisão de fazer um plebiscito foi tomada após plenária unificada entre os trabalhadores do metrô, CPTM e funcionários da Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp), que também está no projeto de privatização do governo estadual. O objetivo é saber a opinião da população sobre a privatização dessas duas empresas. “A população é contrária ao projeto de privatização e nós vamos realizar esse plebiscito no mês de setembro e fazer também mobilização unificada no mês de outubro”, disse Camila.

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