Guerra entre Israel e Hamas deixa 24 mil mortos em Gaza
O conflito, que começou com um ataque do grupo armado palestino em outubro, completa 100 dias neste domingo e não tem previsão de fim
A guerra no Oriente Médio, que opõe Israel e o Hamas, já causou a morte de 24 mil pessoas na Faixa de Gaza, segundo o Ministério da Saúde do território palestino. O conflito, que começou com um ataque surpresa do grupo radical contra Israel em 7 de outubro de 2023, completa 100 dias neste domingo (14) e não tem perspectiva de solução.
O ataque do Hamas, que matou cerca de 1.200 pessoas e fez 240 reféns em Israel, foi o estopim para uma nova escalada de violência na região, que já vive sob tensão há décadas. Israel reagiu com uma ofensiva militar em Gaza, que tem como alvos as bases e os líderes do Hamas, mas que também atinge a população civil.
Segundo o Ministério da Saúde de Gaza, somente no sábado (13), 135 pessoas perderam a vida em ataques israelenses. Entre as vítimas, estão milhares de mulheres e crianças. Além dos mortos, o conflito deixou 60,3 mil feridos, muitos deles em estado grave.
A situação humanitária em Gaza é crítica. Grande parte da infraestrutura do território foi destruída pelos bombardeios, incluindo hospitais, escolas, estradas e redes de água e energia. Cerca de 85% da população de 2,2 milhões de habitantes está deslocada e depende de ajuda internacional para sobreviver.
A Organização das Nações Unidas (ONU) alertou que metade da população de Gaza corre o risco de morrer de fome, pois os alimentos são escassos e caros. A ONU também denunciou que Israel bloqueia a entrada de ajuda humanitária no território, alegando questões de segurança.
A guerra em Gaza também tem consequências psicológicas para os seus habitantes, especialmente as crianças, que sofrem com traumas, medo e ansiedade. Muitas delas testemunharam a morte de familiares e amigos, perderam suas casas e escolas e vivem sob o som constante das explosões.
Apesar dos apelos internacionais por um cessar-fogo, as negociações entre Israel e Hamas não avançam. O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, disse que não vai parar os ataques até eliminar a ameaça do Hamas. Já o líder do grupo palestino, Ismail Haniyeh, disse que não vai aceitar um acordo que não garanta os direitos e a liberdade do povo palestino.
O conflito entre Israel e Hamas é o mais longo e sangrento desde a guerra árabe-israelense de 1948, que resultou na criação do Estado de Israel e na divisão da Palestina. Desde então, a região vive em constante instabilidade, com períodos de guerra e de trégua, mas sem uma solução definitiva para o problema.