Após incêndio, Ponte Jaguaré está fechada para veículos
Após reunião emergencial com os secretários municipais na tarde desta sexta-feira (21), devido a um incêndio que atingiu o baixo da Ponte do Jaguaré, o prefeito Bruno Covas afirmou que a via vai permanecer interditada para o tráfego de veículos durante o final de semana. “Até segunda-feira esperamos ter uma avaliação definitiva para determinar a liberação de tráfego de carros e ônibus na ponte”, acrescentou.
No final da noite desta sexta-feira, a CET confirmou a liberação da pista local da Marginal Pinheiros e a permissão para a circulação de pedestres e bicicletas sobre a ponte, conforme o prefeito havia sinalizado mais cedo.
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Na reunião, Covas também tratou do amparo às famílias que tiveram de deixar as moradias na ocupação que existia embaixo da ponte, atendidas pela Prefeitura desde as primeiras horas do dia. “A Secretaria de Assistência Social esteve lá para recepcionar todas as famílias. Nós temos vagas para todas elas nos abrigos da Prefeitura. Um desses abrigos fica ali na Lapa, próximo ao local do incêndio, e está totalmente equipado para recebe famílias, homens, mulheres e crianças”, declarou. “Embora tenhamos abrigo para todas as famílias do entorno da ponte, muitos não querem ir e por isso estão sendo inscritos no programa de aluguel social da Prefeitura”, declarou. Por fim, Covas afirmou que a Prefeitura acompanha desde 2017 a situação no local. “Não havia nenhum risco iminente. Apesar de ser uma ocupação anterior a essa gestão, temos monitorado a região.”
Desvios para carros e linhas de ônibus
A Companhia de Engenharia e Tráfego (CET) trabalha no local desde as primeiras horas e a SP Trans desviou o itinerário de 12 linhas no entorno da ponte, para diminuir o impacto tanto para os cidadãos que utilizam o transporte público quanto para o trânsito local.
A CET sugere as rotas de desvio para os motoristas:
Quem está na Av. Jaguaré, sentido bairro, e pretende acessar a referida ponte, está sendo desviado para a Marginal Pinheiros, sentido Castello Branco. Para aqueles que estão no sentido Lapa, o desvio é pela Marginal Pinheiros, sentido Interlagos.
O desvio para quem vem pela pista local da Marginal Pinheiros, sentido Interlagos, próximo à Ponte do Jaguaré é pela Av. General Vidal.
Desde o início da ocorrência, a Engenharia de Campo da CET vem monitorando o trânsito na região e efetuando as medidas operacionais necessárias, a fim de mitigar o impacto dos bloqueios viários. É importante destacar que a orientação à população é feita por agentes de trânsito e 12 Painéis de Mensagens Variáveis (PMVs) dispostos ao longo da Marginal, comunicando o seguinte texto: Ponte do Jaguaré Interditada – Utilize Alternativas. A CET também solicitou às concessionárias de rodovias (Autoban e Via Oeste) que reforcem o alerta em seus equipamentos de mensagens variáveis alocados nas estradas.
Sobre a Ponte do Jaguaré
A Ponte do Jaguaré passou recentemente por inspeção, de acordo com Covas. “Esta Ponte Jaguaré está na lista dos 73 viadutos e pontes para laudo estrutural que consta no TAC assinado com Ministério Público, ficamos por mais de um ano discutindo para a contratação de laudos desses equipamentos e, por conta do incidente ocorrido na ponte da Marginal Pinheiros no ano passado, a gente contratou de forma emergencial algumas vistorias”, afirma. “E a vistoria feita nesta ponte em fevereiro deste ano apontava que não havia a necessidade de contrato emergencial. Mas agora, por conta do incêndio, vamos contratar este laudo de forma emergencial”, acrescentou.
Relação de linhas alteradas e itinerário alternativo:
7282/10 Parque Continental – Praça Ramos de Azevedo
748A/10 Jd. Peri Peri – Lapa
748A/41 Jd. D’Abril – Lapa
748R/10 Jd. João XXIII – Metrô Barra Funda
775N/10 Rio Pequeno – Metrô Vila Madalena
8038/10 Parque Continental- Lapa
809H/10 Jardim Boa Vista – Lapa
809N/10 Vila Dalva – Lapa
809T/10 COHAB Raposo Tavares- Lapa
8319/10 Parque Continental – Sesc Pompeia
847J/10 City Jaraguá- Jaguaré
874C/10 Parque Continental – Metrô Trianon Masp
Sentido centro:
Praça César Washington Alves de Proença, Av. Escola Politécnica, Av Eng Billings (Marg Pinheiros), Ponte Cidade Universitária, Av prof Manuel José Chaves, Praça Panamericana, Av Professor Fonseca Rodrigues, Praça Apecatu, Av. Queiroz Filho.
Sentido bairro:
Normal até Av. Queiroz filho, Praça Apecatu, Av Professor Fonseca Rodrigues, Praça Panamericana, Av. Professor Manuel José Chaves, Ponte Cidade Universitária, Rua Alvarenga, Av Afrânio Peixoto, Av Prof. Nelo Moraes, Av Escola Politécnica, Av Kenkiti Simomoto, Av Jaguaré
Balanço de atendimentos
A Secretaria Municipal de Habitação esteve no local do incêndio para monitorar a situação das cerca de 55 famílias que viviam no local. Ao todo, segundo cadastro realizado pela Sehab em 2017, havia mais de 90 pessoas morando na ocupação localizada debaixo da Ponte Jaguaré.
Balanço de ocupações em pontes e viadutos
A Secretaria Municipal de Habitação monitora constantemente a situação das ocupações sob viadutos na capital paulista. Segundo relatório realizado pela equipe técnica da Sehab, existem atualmente em São Paulo sete pontes ocupadas.
Na Zona Leste as ocupações estão no Viaduto Tiquatira, na Penha. O local abriga cerca de 50 famílias. Viaduto da Rua Gabriela Mistral, na Penha. Local abriga cerca de 50 famílias. Viaduto Jacú Pêssego, em São Mateus. Local abriga mais de 300 famílias. Viaduto da Rua Dr. Luís Aires, no centro de Itaquera. Local abriga 20 famílias.
Na região Sudeste da capital a única ocupação sob viaduto está na Ponte Pacheco Chaves, na Vila Prudente. Local abriga cerca de 100 famílias.
Na Regional Norte existem dois pontos de ocupação. No Viaduto Alcântara Machado, na Mooca, foram identificadas 150 famílias vivendo no local. Já na Ponte Domingos Faciulli Neto, na Chácara Bela Vista, foram registradas 50 famílias.
O corpo técnico da Sehab está realizando um levantamento detalhado para identificar novos pontos de ocupação em viadutos e entroncamento de vias. O objetivo é cadastrar as famílias nos programas habitacionais do município e por fim a esse tipo de ocupações atingindo a meta 10.2 do Programa de Metas revisado do biênio 19/20 da Prefeitura de São Paulo.
“Aquela região atingida pelo incêndio é uma ocupação de mais de 10 anos. Nós temos mais de 130 mil famílias na fila da Cohab-SP e não se pode furar essa fila. Nós vamos construir nesta administração o dobro de unidades habitacionais do que foi feito na gestão passada, mas ainda assim, a fila é muito grande. O que podemos fazer é encaminhar para aluguel social”, explicou.