São Paulo

Araraquara decreta lockdown após novas cepas do coronavírus

Região central de Araraquara (Pref. de Araraquara)

A cidade de Araraquara, no interior de São Paulo, decretou lockdown após a confirmação de que novas cepas do coronavírus encontradas em Manaus (AM) e no Reino Unido estão circulando no município. Leitos de enfermaria e de UTI operam próximos da ocupação total, segundo a prefeitura.

A medida passa a valer hoje (15) e devem durar quinze dias.

Pela medida, anunciada no fim de semana, a circulação de veículos e de pessoas pelas ruas estará restrita a quem trabalha em um serviço considerado essencial, incluindo mercados, farmácias, postos de combustíveis, dentre outros, e quem sair de casa para ir a um desses serviços.

A Prefeitura promete fiscalizar e ampliar a orientação aos moradores. “Mas a Prefeitura dispõe de dispositivos legais para multar pessoas físicas e jurídicas pelo descumprimento do decreto”, explicou o secretário de Cooperação dos Assuntos de Segurança Pública, coronel João Alberto Nogueira Júnior, em comunicada à imprensa.

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A venda por delivery no setor de alimentação está liberada.

Restrição

O comunicado também destaque que, enquanto Araraquara continuar na fase vermelha do Plano São Paulo, ficarão proibidos os atendimentos presenciais nos seguintes estabelecimentos: shopping center, galerias e estabelecimentos congêneres; comércio e serviços em geral; bares e restaurantes; salões de beleza e barbearias; academias de esportes de todas as modalidades, centros de ginásticas e estabelecimentos congêneres; educação complementar não regulada; eventos, convenções e atividades culturais; e atividades de construção civil, incluídas as lojas de tintas e de materiais para construção.

Situação crítica

Segundo o boletim do Comitê de Contingência do Coronavírus deste sábado (13), Araraquara registra 100% de ocupação dos leitos de enfermaria e 84% em UTI, com 201 novos casos confirmados da Covid-19. 

A confirmação de que as novas cepas do coronavírus circulavam na cidade veio na última sexta-feira (12), segundo o Instituto de Medicina Tropical, órgão vinculado à USP (Universidade de São Paulo). Nas últimas semanas, havia a suspeita entre os profissionais de saúde de que uma nova variante do vírus pudesse estar na cidade, já que houve um grande aumento no número de novos casos, internações e óbitos, além de pacientes mais novos apresentarem complicações e precisarem de internação.

“Essa informação nova só agrava o quadro em que estamos vivendo. Isso exigirá um sacrifício maior para conter a contaminação de uma mutação do vírus extremamente agressiva. Precisamos aumentar nosso rigor no distanciamento social. Nossa capacidade de internação está sendo testada todos os dias, chegando próximo do colapso de atendimento, com a Prefeitura ampliando leitos todos os dias. Mas a notícia da circulação das mutações do vírus exigirá de nós maior rigor e, da sociedade, maior sacrifício para que a gente não perca o controle no enfrentamento à doença, para que os nossos pacientes tenham leitos”, afirmou o prefeito Edinho, no comunicado.

“Em um momento como esse, só nossa capacidade de união será capaz de derrotar uma situação tão grave. Essa mutação do vírus já deve estar circulando em outras regiões do estado de São Paulo. Nós teremos que enfrentar esse problema. Além de ampliarmos leitos, precisamos conter a contaminação. E, para isso, é necessário isolamento social. Todos estão no limite, mas nada é mais importante que a vida. É preciso um sacrifício para que a gente recupere tudo o que estamos perdendo. Mas, quando se perde a vida, isso não tem como recuperar”, complementou.

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