Estados Unidos abatem balão chinês
O secretário de Defesa dos Estados Unidos, Lloyd Austin, disse neste sábado (04/02) que, por ordem do presidente Joe Biden, foi derrubado “com sucesso” o balão chinês que sobrevoava o território americano há dias.
Através de um comunicado, ele informou que o dispositivo, “que estava sendo utilizado pela República Popular da China em uma tentativa de monitorar locais estratégicos nos Estados Unidos continental” foi abatido com dois aviões de combate sobre as águas, ao largo da costa da Carolina do Sul.
“Na quarta-feira, o presidente Biden deu sua autorização para derrubar o balão de vigilância assim que a missão pudesse ser cumprida sem risco indevido para as vidas dos americanos que se encontram na trajetória do balão”, diz comunicado do Departamento de Defesa dos EUA.
Minutos depois, o próprio Biden falou brevemente com jornalistas, confirmando que havia dado a ordem já na quarta-feira, antes mesmo de a história vir a público.
Pequim admitiu na sexta-feira que o dispositivo que sobrevoa os EUA era chinês, mas disse se tratar de um balão civil usado para fins de pesquisa, principalmente meteorológica.
Como o balão foi abatido
De acordo com a Defesa americana, após “análise cuidadosa”, os comandantes militares dos EUA “determinaram que derrubar o balão enquanto estava no solo representava um risco indevido para as pessoas em uma ampla área devido ao tamanho e a altitude do balão e sua carga útil de vigilância”.
Por isso, o Departamento de Defesa desenvolveu opções para abater o balão “de maneira segura” sobre a água e decidiu finalmente realizar a ação neste sábado, que “foi tomada em coordenação e com pleno apoio do governo canadense”.
“A ação deliberada e legal deste sábado demonstra que o presidente Biden e sua equipe de segurança nacional sempre colocarão a segurança do povo americano em primeiro lugar, enquanto respondem efetivamente à violação inaceitável de nossa soberania por parte da República Popular da China”, finaliza o comunicado.
O Pentágono anunciou na quinta-feira que estava seguindo os movimentos de um “balão espião”chinês que sobrevoava o estado de Montana, no nordeste dos EUA, onde se encontra um dos três silos de mísseis nucleares em solo americano. Na sexta-feira, sem dar detalhes, o Pentágono reportou a existência de um segundo balão, este sobrevoando a América Latina.
Embora o Pentágono não tenha dito sobre qual país o segundo balão se encontrava, o jornal La Nación, da Costa Rica, disse que esta seria uma explicação para o grande objeto branco, semelhante a um balão de gás, que muitos costarriquenhos teriam visto nos últimos dias.
A descoberta do primeiro destes “balões espiões” no espaço aéreo americano desencadeou uma crise diplomática entre Washington e Pequim e levou à suspensão da viagem que o secretário de Estado americano, Antony Blinken,faria ao país asiático neste fim de semana, aumentando a tensão entre os dois países.
le (EFE, ots)