Eduardo Cunha denuncia jornalista do grupo Globo por ‘Fake News’
Na reta final da campanha eleitoral que vive um dos maiores momentos de polarização e brigas ideológicas da história do país, muitos políticos reclamam da falta de respeito por parte de alguns profissionais da imprensa. É o caso do ex-presidente da Câmara Federal e responsável pela articulação que levou à cassação da ex-presidenta Dilma Rousseff (PT), Eduardo Cunha (PTB).
De acordo com informações do jornalista e analista político Eduardo Negrão, em entrevista à esse colunista, o colega Lauro Jardim, teria publicada uma nota sobre Cunha, considerada, segundo ele, uma ‘fake news’.
“O título só denunciava o viés militante: ‘TSE se prepara para cassar Eduardo Cunha e José Roberto Arruda’. Como um jornalista poderia adiantar uma decisão de um tribunal superior sobre uma ação, cuja data de julgamento ainda nem foi marcada? O texto era ainda mais cheio de ilações”, afirmou Negrão.
Ele destaca outro ponto da nota do colunista do jornal O Globo. “O TSE cassa nos próximos dias o registro de algumas candidaturas. Entre elas, as de duas estrelas da política nacional, o ex-governador José Roberto Arruda e o notório Eduardo Cunha, ambos candidatos a deputado federal, pelo Distrito Federal e por São Paulo, respectivamente.”
Na opinião do jornalista e analista político paulista, Lauro Jardim poderia ter evitado entrar em uma guerra que não é sua. “Eduardo Cunha, responsável direto pelo impeachment de Dilma Rousseff no auge do poder petista, não ia pipocar para o Imediato do Titanic, leia-se Grupo Globo de Comunicação”, disse Negrão.
Após a publicação, os advogados de Cunha rapidamente ajuizaram um pedido de resposta no Tribunal Regional de São Paulo e a sentença foi imediata da Juíza Maria C. Bedotti. A magistrada escreve que a notícia é sabidamente inverídica e foi veiculada em jornal de grande repercussão, criando embaraços ao desenvolvimento de sua campanha, já que os eleitores que foram impactados pela matéria poderão desistir de votar num candidato que, como atesta categoricamente o representado, será cassado.
Negrão explica que a juíza deferiu o pedido liminar para determinar a remoção (da nota de Lauro Jardim) pela representada, no prazo de 24 horas, além disso ela determinou a publicação de direito de resposta no jornal O Globo.
“Direito de resposta concedido pela Justiça Eleitoral – Eduardo Cunha, candidato a deputado federal por São Paulo, teve seu registro de candidatura deferido pelo Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo, encontrando-se apto para disputar as eleições, não correspondendo a verdade a informação aqui veiculada de que será cassado pelo TSE”, diz a nota.
Fim do horário eleitoral gratuito
O horário eleitoral gratuito no rádio e na televisão termina nesta quinta-feira (29). Além dos meios convencionais, os candidatos também usaram as plataformas digitais para publicar anúncios em busca de votos.
A internet ainda figura como uma das formas mais buscadas pelo eleitor se conectar e saber mais sobre seus candidatos. Além das redes sociais, o maior canal de vídeos do mundo, o YouTube, também foi uma das vitrines aproveitadas pelos concorrentes aos diversos cargos nessas eleições.
Coincidindo com o final da propaganda eleitoral gratuita, a quinta-feira (29) também será movimentada com a realização do último debate presidencial, que tem confirmadas as participações dos líderes nas pesquisas, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o presidente Jair Messias Bolsonaro (PL).
O debate presidencial da Globo é o mais esperado pelo público e, segundo especialistas em mídia, deverá ser o de maior audiência. Até agora, o debate da BAND foi o mais visto e em segundo lugar, o realizado no último sábado (24) pelo SBT.