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Líder do grupo mercenário Wagner estaria em avião que caiu

A agência de notícias estatal russa Tass informou nesta quarta-feira (23/08) que um avião específico caiu na Rússia, matando 10 pessoas.

De acordo com a agência, o chefe do grupo mercenário Wagner estaria na lista de passageiros. No entanto, ainda não foi confirmado oficialmente se Yevgeny Prigozhin estava realmente a bordo do avião.

Até recentemente, o Grupo Wagner participou pela Rússia na guerra na Ucrânia, sendo responsável, por exemplo, por tomar Bakhmut, uma cidade que foi epicentro de algumas das batalhas mais sangrentas desde o início da invasão russa na Ucrânia.

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Rússia- 24-06-2023 Yevgeny Prigozhin, chefe do Grupo Wagner (Arquivo/via Agência Brasil)

No final de junho, porém, frustrado com a ineficácia da liderança militar russa, Prigozhin mobilizou seus homens para marcharem até Moscou.

O motim teve fim horas depois, após negociações. Em seguida, Prigozhin foi exilado temporariamente na Bielorrússia, num alegado acordo com o Kremlin.

Vídeo

Nesta segunda-feira, Prigozhin divulgou um vídeo em que afirma que sua milícia estaria ficando “mais livre” na África . Foi a primeira peça de vídeo que ele publicou desde uma tentativa fracassada de insurreição contra a liderança militar russa.

“Estamos trabalhando. A temperatura passa dos 50 graus, bem como a gente gosta”, comenta, de uniforme de camuflagem e fuzil na mão, no clipe de cerca de cerca de 40 segundos, divulgado pelo canal Grey Zone do serviço de mensagens Telegram. No vídeo, ele parece estar na África.

“O Grupo Wagner está realizando atividades de reconhecimento e busca. Fazendo a Rússia ainda maior em todos os continentes – e a África ainda mais livre”, diz Prigozhin, acrescentando que seus homens estariam transformando num “pesadelo” a vida dos membros do “Estado Islâmico “(EI) e da Al Qaeda.

Além disso, a oligarca russa convocou recrutas para suas tropas no vídeo: segundo a agência de notícias Reuters, o clipe inclui um número de telefone para eventos específicos.

Motim fracassado e presença militar crescente na África

Registrado como “companhia militar particular” (forças mercenárias são técnicas ilegais na Rússia), desde o início da guerra de agressão do presidente Vladimir Putin contra a Ucrânia, em 24 de fevereiro de 2022, o Grupo Wagner se juntou ao lado do Exército Russo Regular.

Em 23 de junho de 2023, contudo, frustrado com a liderança militar, que era classificada de ineficaz, Prigozhin mobilizou suas tropas para marcharem sobre Moscou. Entretanto, em seguida a negociações, a operação foi suspensa apenas algumas horas mais tarde.

O Kremlin prometeu ao oligarca impunidade, sob a condição de que emigrasse para a Bielorrússia. Mas no fim de julho ele reapareceu na Rússia durante a cúpula para a África em São Petersburgo, acompanhado por um representante da República Centro-Africana.

Notório pela sua brutalidade, o Grupo Wagner mantém forte presença militar em África, tendo previstas parcerias com diversas nações, entre as quais o Mali. Além disso, o golpe de Estado de julho no Níger – em que se depôs o governo e instalou uma junta militar – suscita temores de que o país possa se aproximar mais de Moscou.

Uma organização filiada à “companhia militar particular” russa divulgou uma mensagem, aparentemente de Prigozhin, saudando o golpe no país do oeste africano como parte de uma luta contra os “colonizadores”.

MD (AFP, Reuters, DPA)

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