Maduro cometeu crimes contra a humanidade durante as eleições na Venezuela, diz ONU
Relatório da ONU aponta repressão e perseguição sistemática a opositores durante o processo eleitoral na Venezuela, com graves violações de direitos humanos.
A Organização das Nações Unidas (ONU) divulgou um relatório denunciando o presidente venezuelano Nicolás Maduro por crimes contra a humanidade cometidos durante as eleições de 2024. Segundo a investigação da Missão Internacional da ONU, o governo de Maduro orquestrou uma campanha de repressão sistemática contra opositores e críticos, resultando em perseguições políticas, prisões arbitrárias e até mortes. O relatório destacou que essas ações fazem parte de um plano contínuo para silenciar a oposição no país.
Entre as principais violações apontadas estão detenções em massa, tortura e o uso de força letal contra manifestantes. Mais de 120 pessoas foram presas apenas durante eventos de campanha, e, após as eleições, houve um aumento significativo no número de detenções, muitas delas de civis acusados de terrorismo sem o devido processo legal. A ONU destacou também a submissão do sistema judiciário aos interesses do governo, enfraquecendo garantias básicas de direitos humanos.
A missão da ONU recomendou que o governo de Maduro investigue os abusos cometidos por suas forças de segurança e liberte os prisioneiros detidos injustamente. A repressão registrada durante as eleições foi descrita como parte de um plano coordenado para desencorajar qualquer dissidência política, agravando a crise de direitos humanos no país.