Política

MPF dá cinco dias para deputado se manifestar sobre ataques a jornalista

Ministério Público Federal (MPF) deu cinco dias para que o deputado estadual Douglas Garcia (Republicanos-SP) se manifeste sobre a agressão contra a jornalista Vera Magalhães, da TV Cultura.

“Expeça-se ofício ao Deputado Estadual Douglas Garcia, candidato a Deputado Federal, solicitando esclarecimentos, por escrito, no prazo de 05 dias, sobre os fatos ocorridos em 13 de setembro de 2022. Se assim desejar, sem prejuízo dos esclarecimentos por escrito, poderá agendar dia e horário para comparecimento à Procuradoria Regional Eleitoral para prestar informações pessoalmente”, afirma.

O órgão ainda pediu que a Secretaria de Perícia, Pesquisa e Análise do Ministério Público Federal a realização de busca de vídeos, mensagens e dados nas redes sociais de Douglas que tenham relação com o episódio envolvendo a jornalista Vera Magalhães.

Em montagem com duas fotos reais, Douglas Garcia, deputado, mostra crachá do debate eleitoral enquanto sorri para a câmera. À direita, Vera Magalhães fala enquanto segura o micfrone e gesticula com a outra mão.
Douglas Garcia e Vera Magalhães (Arte/via TV Cultura)

Após o fim do debate entre os candidatos ao governo de São Paulo, promovido pela TV Cultura em parceria com o UOL e a Folha de S.Paulo, a jornalista Vera Magalhães foi agredida pelo parlamentar.

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O deputado foi para cima da jornalista e disse que ela é vergonha”. Segundo a própria jornalista, ainda durante o debate, o parlamentar começou a gravá-la, sem autorização dela. Ao final do evento, ele repetiu as ofensas feitas por Jair Bolsonaro (PL), dizendo que ela é a “vergonha do jornalismo” e voltou a reproduzir informações falsas sobre seu salário da Fundação Padre Anchieta.

O Ministério Público de São Paulo também abriu na quarta-feira (14) uma investigação criminal contra o deputado estadual.

Após o ocorrido, Douglas Garcia disse em uma rede social que registrou boletim de ocorrência contra a jornalista da TV Cultura.

“É preciso também destacar que se entende que o deputado, na situação em discussão, utilizou os meios de comunicação de maneira indevida: basta observar a enorme repercussão que o episódio teve nas redes sociais e o fato de que toda a conversa entre ele e Vera foi filmada com o intuito de publicação nas redes para evidente constrangimento que não pode ser aceito num processo eleitoral sadio”, afirmou o deputado.

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