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Naufrágio de migrantes na Lampedusa deixa mais de 30 desaparecidos

Mais de 30 migrantes estão desaparecidos após os naufrágios de duas embarcações na costa da ilha italiana de Lampedusa, segundo os depoimentos dos sobreviventes, informou neste domingo (6) a Organização Internacional para as Migrações (OIM).

As circunstâncias da tragédia

Os barcos provavelmente iniciaram a viagem na cidade tunisiana de Sfax na quinta-feira (3). Após ouvir os sobreviventes, “acreditamos que mais de 30 pessoas estão desaparecidas”, confirmou Flavio di Giacomo, porta-voz da OIM.

Segundo os sobreviventes, as condições do mar estavam muito ruins e os barcos se partiram. A guarda costeira italiana conseguiu resgatar 57 pessoas, mas mais de 30 estão desaparecidas. Uma investigação foi aberta para apurar as responsabilidades dos traficantes de pessoas que organizaram a viagem.

Os traficantes de pessoas deveriam saber que as previsões meteorológicas indicavam mar agitado, afirmou o chefe de polícia de Agrigento, Emanuele Ricifari. “Quem permitiu, ou os forçou, a sair com este mar é um criminoso lunático, sem escrúpulos”, declarou à polícia.

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A situação dos migrantes na ilha

Esse é mais um caso trágico de migração irregular no Mediterrâneo, que já vitimou milhares de pessoas nos últimos anos. Muitos migrantes fogem da pobreza, da guerra ou da perseguição em seus países de origem e buscam uma vida melhor na Europa. No entanto, eles enfrentam muitos riscos e dificuldades durante a travessia e também depois de chegarem ao continente.

O desembarque de migrantes prossegue sem interrupção em Lampedusa, cujo centro de acolhimento, com capacidade para 300 pessoas, está lotado com cerca de 2.500 pessoas, embora o mau tempo tenha abrandado a chegada de embarcações com migrantes durante a noite, mas também a transferência de migrantes da ilha para o continente italiano.

Um grupo de 20 migrantes teve de passar uma segunda noite encalhado nas falésias de Cala Ponente, em Lampedusa, depois de a sua embarcação ter embatido nas rochas na sexta-feira, uma vez que os ventos fortes e o mar agitado impediram a intervenção da guarda costeira, que, no entanto, conseguiu levar-lhes alimentos e cobertores enquanto esperavam pelo resgate.

O navio da ONG espanhola Open Arms chegou ao porto de Brindisi com 195 pessoas resgatadas a bordo, 59 das quais são menores, nove com menos de 14 anos e algumas mulheres grávidas, provenientes da Eritreia, Egipto, Etiópia, Camarões, Senegal e Mali.

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