Onze pessoas são presas por comércio ilegal de medicamentos em Santos
A Polícia Civil descobriu uma central clandestina de distribuição de remédios controlados e proibidos pela Anvisa na cidade
A Polícia Civil de São Paulo prendeu 11 pessoas em Santos, no litoral paulista, por envolvimento no comércio ilegal de medicamentos controlados e proibidos pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). As prisões ocorreram na segunda-feira (16) e foram realizadas por policiais da Segunda Delegacia de Investigações sobre Entorpecentes (Dise), que faz parte da Divisão Especializada de Investigações Criminais (Deic) de Santos.
Segundo as investigações, os suspeitos vendiam remédios como anabolizantes, ansiolíticos, abortivos, estimulantes cerebrais, tranquilizantes, anfetaminas, inibidores de apetite, antidepressivos e estimulantes sexuais, entre outros, por valores muito acima do mercado. Alguns desses medicamentos são de uso restrito ou proibido no Brasil, por oferecerem riscos à saúde dos consumidores.
Os policiais descobriram que os criminosos usavam as redes sociais para divulgar e negociar os produtos, principalmente com familiares de pessoas internadas com Covid-19, que buscavam alternativas para o tratamento da doença. Os medicamentos eram entregues pelos correios ou por motoboys, sem qualquer controle ou fiscalização sanitária.
Durante a operação, os policiais apreenderam diversas caixas contendo medicamentos de origem duvidosa, além de dinheiro, celulares, notebooks e documentos. Os 11 detidos foram encaminhados à Deic de Santos, onde foram autuados por associação criminosa e comércio ilegal de medicamentos, crimes que podem render até 15 anos de prisão.
A Polícia Civil informou que vai continuar as investigações para identificar outros envolvidos no esquema e possíveis vítimas que tenham sido lesadas pelos medicamentos ilegais. A corporação também alertou para os perigos de se comprar medicamentos sem receita médica e sem procedência garantida, pois eles podem causar efeitos colaterais graves, intoxicação e até morte.