Polícia

Acusados de matar Bruno e Dom são transferidos

A Polícia Federal (PF) realizou na tarde deste sábado, 23, a transferência dos acusados da morte de Dominic Mark Phillips, o Dom Phillips, e Bruno da Cunha Araújo Pereira, da carceragem de Atalaia do Norte para Manaus. Oseney da Costa de Oliveira, o “Dos Santos”, foi levado até a carceragem da PF, enquanto Jefferson da Silva Lima, o “Pelado da Dinha”, foi transferido para a Central de Recebimento e Triagem (CRT), onde aguarda uma decisão da Justiça para saber em qual presídio será alocado.

A transferência dos acusados à capital ocorre duas semanas após Ruben Dario da Silva Vilar, conhecido como “Colômbia”, e Amarildo da Costa Oliveira, irmão de Oseney, também terem sido transferidos. Segundo a Justiça Federal, a medida foi necessária por conta do risco de invasão à delegacia de Atalaia do Norte.

Oseney sendo transferido. Ele é retirado da parte de trás da viatura por dois agentes. Está algemado e usando máscara.
Oseney foi transferido para a carceragem da Polícia Federal, em Manaus (Bruno Pacheco/Agência Amazônia)

Escoltado por policiais, Oseney chegou em silêncio à sede da Polícia Federal, em Manaus, e não respondeu aos questionamentos da imprensa. Na quinta-feira, 21, o Ministério Público Federal apresentou denúncia contra Oseney, Jefferson e Amarildo, que se tornaram réus após a Justiça Federal receber a denúncia.

O documento traz relatos dos acusados sobre como praticaram o crime e informações adicionais de testemunhas, além de prints de conversas por Whatsapp. Oseney continua negando ter participado do crime, apesar das confissões de Amarildo e Jefferson e depoimentos de testemunhas colocarem ele na cena do crime.

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Já o “Colômbia” segue sendo investigado se teve participação no crime. Ele foi preso por falsificação de documentos, após a Polícia Federal encontrar, pelo menos, três documentos com nomes e nacionalidades diferentes.

Na sexta-feira, 22, durante busca e apreensão na residência de “Colômbia”, foram encontrados mais documentos falsos, dentre eles, um Registro Administrativo de Nascimento de Índio (Rani), onde o investigado afirma ter nascido na Comunidade Indígena Boa Vista, Terra Indígena Boa Vista, tribo indígena Kokama.

Para o coordenador jurídico da União dos Povos Indígenas do Vale do Javari (Univaja), Eliezio Marubo, apesar das prisões e das confissões, a peça mais importante do quebra-cabeça ainda falta ser identificada: o mandante.

“A Univaja entende que o momento anterior, justamente, o tempo do inquérito policial, deixou de considerar algumas informações que são de suma relevância. A autoridade policial não indicou, até hoje, quem é de fato o mandante. Nós entendemos que há um mandante e que as informações colhidas, preliminarmente, e fornecidas para a autoridade policial, dão conta da existência de um mandante”, declarou.

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