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Relatores da ONU condenam ataques em Gaza e acusam Israel de crimes contra a humanidade


Relatores da Organização das Nações Unidas (ONU) emitiram uma declaração nesta quinta-feira (19) condenando veementemente os ataques ocorridos na cidade de Gaza e acusando Israel de cometer crimes contra a humanidade. O grupo composto por sete especialistas expressou indignação diante das recentes ações e alertou para o perigo iminente de um genocídio na região.

No comunicado, os relatores manifestaram sua profunda preocupação com o ataque ao Hospital Al Ahli Arab, ocorrido na última terça-feira (17), que resultou na trágica morte de mais de 470 civis. Enfatizaram que tais atos são considerados atrocidades e apontaram a responsabilidade do Estado de Israel, embora este negue ter alvejado a unidade de saúde.

Além disso, os especialistas condenaram veementemente o ataque a uma escola da UNRWA (Agência das Nações Unidas de Assistência aos Refugiados da Palestina no Próximo Oriente), localizada no campo de refugiados de Al Maghazi. Essa escola abrigava aproximadamente 4 mil pessoas deslocadas, tornando o ataque ainda mais chocante. Também mencionaram a agressão a dois campos de refugiados densamente povoados.

Os relatores da ONU destacaram que o cerco total a Gaza, as ordens de evacuação inviáveis e as transferências forçadas de população são violações flagrantes do direito humanitário e penal internacional. Eles descreveram essas práticas como indescritivelmente cruéis e ressaltaram a necessidade de responsabilização dos envolvidos.

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O grupo de especialistas alegou que há uma campanha contínua por parte de Israel, resultando em crimes contra a humanidade em Gaza. Alertaram para o risco iminente de genocídio contra o povo palestino, citando declarações feitas por líderes políticos israelenses e seus aliados, bem como a ação militar em Gaza e a escalada de prisões e assassinatos na Cisjordânia.

Os relatores da ONU expressaram sua consternação diante da inação da comunidade internacional diante dessa guerra beligerante. Ressaltaram que não há justificativas ou exceções para tais crimes e enfatizaram a necessidade urgente de uma resposta efetiva para proteger a vida e a dignidade das pessoas afetadas pelo conflito.

A Embaixada de Israel no Brasil, por sua vez, respondeu às acusações, destacando que elas não partiram diretamente da ONU e afirmando que Israel está agindo de acordo com o direito internacional, não tendo sido acusado pela organização de violá-lo.

A situação em Gaza continua a gerar preocupação e apelos por parte da comunidade internacional para uma solução pacífica e o fim da violência. A ONU e outros órgãos internacionais têm buscado mediar o conflito entre Israel e Palestina, visando uma resolução duradoura e o respeito aos direitos humanos de todas as partes envolvidas.


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