Brasil

Solo da Mina 18 da Braskem em Maceió continua afundando

Defesa Civil emite alerta e recomendações diante do agravamento da situação

O solo da Mina 18 da petroquímica Braskem, localizada no bairro do Mutange, em Maceió, continua apresentando um agravamento significativo, com um afundamento de mais de 2 metros desde o último dia 29. A Defesa Civil municipal emitiu um alerta, apontando o “risco iminente de colapso” da estrutura e recomendou o bloqueio do acesso de pessoas à região.

Defesa Civil emite alerta e recomendações diante do agravamento da situação(Cibele Tenório – Agência Brasil)

Agravamento da situação

De acordo com a nota divulgada pela Defesa Civil municipal nesta sexta-feira (8), o solo afundou a uma taxa de 0,23 centímetro por hora, movendo-se verticalmente 5,7 cm entre a tarde de quarta-feira (6) e a tarde de quinta-feira (7), atingindo assim a profundidade de 2,06 m.

O alerta de risco da mina permanece válido, uma vez que o solo continua afundando, conforme indicam análises sísmicas do terreno. Por precaução, a recomendação é clara: a população não deve transitar na área desocupada até uma nova atualização da Defesa Civil, enquanto medidas de controle e monitoramento são aplicadas para reduzir o perigo.

Resposta da Braskem e realocação da população

Em resposta, a Braskem assegurou que a movimentação do solo ocorreu em uma área 100% desocupada desde abril de 2020, a qual continua sob monitoramento constante. A empresa ressaltou que cerca de 40 mil moradores de áreas identificadas como de risco já foram realocados desde 2019, quando a extração de sal-gema foi paralisada. Os últimos 23 imóveis que permaneciam ocupados foram desocupados na semana passada.

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A empresa também reafirmou o compromisso de garantir a integridade de todos os moradores de Maceió, destacando a prioridade na segurança das pessoas. Além disso, elencou uma série de ações realizadas, incluindo a paralisação definitiva da extração de sal na região em maio de 2019.

Autuação pelo Instituto do Meio Ambiente

Em outra frente, o Instituto do Meio Ambiente do Estado de Alagoas (IMA-AL) autuou a Braskem em mais de R$ 72 milhões por omissão de informações, danos ambientais e pelo risco de colapso e desabamento da Mina 18. Esta foi a 20ª multa que o instituto aplicou à empresa.

A situação na Mina 18 da Braskem em Maceió permanece como um tema de grande relevância e preocupação, tanto em termos de segurança pública quanto de preservação ambiental, demandando uma atenção contínua por parte das autoridades e da empresa envolvida.

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