Capital

Times de futebol vão combater a violência contra mulheres

Por Camila Maciel

agressao
(Ilustração/Governo Federal)

Os clubes paulistas Corinthians, Palmeiras e São Paulo vão atuar no Programa Tem Saída, da prefeitura, de combate à violência doméstica contra a mulher. Lançada em 2018, a iniciativa oferece autonomia financeira, por meio de oportunidades de emprego, para que as mulheres vítimas de violência tenham possibilidade de não depender economicamente do agressor. Pelo acordo de cooperação assinado nesta semana, os times de futebol vão, além de apoiar a divulgação do programa entre torcedores, disponibilizar vagas de emprego.

Desde o ano passado, as mulheres da capital paulista que denunciam os agressores e informam que precisam de emprego são encaminhadas para o Programa Tem Saída. No Centro de Apoio ao Trabalho e Empreendedorismo (CATe), órgão da Secretaria de Desenvolvimento Econômico, elas são atendidas com prioridade e direcionadas para entrevistas de emprego em uma das empresas parceiras da iniciativa.



As candidatas passam por processo seletivo diferenciado, com apoio da equipe técnica da prefeitura e das áreas de recursos humanos das empresas parceiras. De acordo com o governo municipal, as equipes receberam treinamento específico para atender as mulheres vítimas de violência.

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Os clubes e os órgãos municipais publicarão um manifesto conjunto na internet, como parte da cooperação. Além disso, serão divulgadas informações sobre a violência contra a mulher para sensibilizar os torcedores.

A prefeitura destaca que o Brasil ocupa a quinta posição no ranking de feminicídio mundial, atrás de países como El Salvador, Guatemala, Colômbia e Rússia, segundo o Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos (ACNUDH).

As informações sobre o Programa Tem Saída podem ser obtidas no site, pelo serviço telefônico da prefeitura de São Paulo, no número 156 ou pelo e-mail [email protected]

Delegacias 24 horas

O governador João Doria anunciou esta semana a ampliação das delegacias da Mulher (DDM), que funcionarão 24 horas. Atualmente, das 133 unidades, apenas uma, no centro da capital paulista, funciona na madrugada.

Na terça-feira (15), Doria vetou o projeto de lei aprovado na Assembleia Legislativa de São Paulo, no final do ano passado, para que as delegacias ficassem abertas 24 horas, inclusive nos finais de semana e feriados. O governador disse que o veto foi dado por se tratar de uma inconstitucionalidade, pois interfere no domínio exclusivo do chefe do Poder Executivo.

“Nós não podemos sancionar algo que é contra a lei, o programa das Delegacias da Mulher nas 133 unidades e mais 40 que vamos implantar ao longo de quatro anos com funcionamento 24 horas. Essa implantação será feita ao longo de quatro anos, de forma, evidentemente, responsável e criteriosa. Já na primeira semana de fevereiro, vamos inaugurar mais uma DDM e ao longo do mês de fevereiro mais duas”, anunciou.

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