Messi é expulso, mas Argentina garante o bronze
Por Elaine Patrícia Cruz
Com estádio cheio, mas não lotado, e com o maior jogador do mundo expulso ainda no primeiro tempo da partida, a Argentina conquistou na tarde de hoje (6) o terceiro lugar da Copa América, vencendo o Chile por 2 a 1, na Arena Corinthians, em São Paulo.
A conquista vem depois de uma semana de muitas reclamações da seleção argentina, após a derrota para o Brasil na última terça-feira (2). A Argentina, principalmente na figura de Messi, reclamou de lances no jogo contra o Brasil que poderiam resultar em pênalti e nos quais não houve consulta ao VAR. A equipe também reclamou dos gramados e da organização do campeonato.
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Messi foi expulso aos 37 minutos de primeiro tempo, após se estranhar com Medel em um lance fora do campo chileno. O árbitro acabou expulsando ambos os jogadores de campo. Quando o árbitro levantou o cartão para Messi, o estádio todo protestou. O árbitro consultou o VAR e manteve as expulsões, o que não agradou a torcida, que passou a xingar o juiz.
Foi o segundo cartão vermelho de Messi em toda sua carreira: o primeiro foi em 2005, em sua estreia pela seleção argentina. Na saída para o intervalo, quando a Argentina já vencia por 2 a 0, a torcida não perdoou: a arbitragem saiu do gramado sob vaias e xingamentos.
Primeiro tempo
O jogo começou morno, muito estudado e concentrado no meio de campo, sem muitas opções de ataque. A primeira delas aconteceu aos 6 minutos, em um chute de Aguero, da entrada da área, que passou perto da trave chilena. Cinco minutos depois, o mesmo Aguero abriu o placar para a Argentina, quando recebeu uma cobrança de falta rápida de Messi e, sozinho, driblou o goleiro. Os chilenos protestaram do lance que originou a falta argentina.
Aos 14 minutos, o técnico chileno foi obrigado a fazer sua primeira substituição no jogo, após Sanchez sentir uma lesão. O técnico Rueda decide colocar Junior Fernandes em campo, no lugar de Alexis Sanchez.
O segundo gol argentino saiu aos 21 minutos aindo no primeiro tempo: um golaço de Dybala que partiu em velocidade e tocou na saída do goleiro Arias, após receber um belo passe de Lo Celso.
Com o segundo gol argentino, o clima começou a esquentar dentro de campo, apesar do frio desta tarde de sábado em São Paulo. Aos 25 minutos, Vidal e Dybala se estranham em campo e o juiz parou o jogo para segurar a confusão. Vidal recebeu cartão por reclamação.
Aos 28 minutos, o Chile avança na grande área com Fernandes e pede toque de mão de Otamendi. O árbitro marca apenas o escanteio. Aos 30 minutos, Dybala quase fez um golaço para a Argentina, de voleio.
Segundo tempo
Na entrada do segundo tempo, logo aos 5 minutos, Jara caiu no chão e pediu para ser substituído por Maripán. Aos 10 minutos, o árbitro para o jogo para consultar o VAR e rever um lance em que Lo Celso faz falta em Aránguiz em cima da linha. Ele então marca pênalti para o Chile. Vidal cobra e marca, diminuindo o placar e animando a torcida chilena, que esteve mais quieta no primeiro tempo.
O futebol caiu muito no segundo tempo. Aos 21 minutos, o técnico da Argentina fez sua primeira substituição, tirando Dybala para a entrada de Di María. Aos 26, Aránguiz lança para Vargas na grande área, que chega chutando para grande defesa de Armani.
A Argentina respondeu aos 31 minutos, após uma grande jogada de Di María, passando por três jogadores, invadindo a área, e tocando para Agüerro. O goleiro chileno faz a defesa depois de uma tentativa de drible de Agüero.
Aos 36 minutos, Agüerro sai para a entrada de Suarez. O técnico do Chile também aproveitou para fazer sua última substituição, tirando Aránguiz e colocando Castillo. Nos minutos finais, a Argentina fez a última substituição, saindo Lo Celso para a entrada de Funes Mori.
Já nos acréscimos de jogo, o Chile reclamou muito da arbitragem, pedindo mão na bola na grande área, mas o juiz não marcou, apesar dos protestos.
Ficha técnica
Argentina 2 x 1 Chile
Competição: Copa América (disputa de terceiro lugar)
Local: Arena Corinthians, em São Paulo
Juiz: Mario Díaz de Vivar (Paraguai)
Argentina: Armani; Foyth, Pezzella, Otamendi e Tagliafico; Paredes, De Paul e Lo Celso (Funes Mori); Messi, Agüero (Suarez) e Dybala. (Di Maria) Técnico: Lionel Scaloni
Chile: Arias; Mauricio Isla, Diaz, Gary Medel, Jara (Maripán), Beausejour; Erick Pulgar, Charles Aránguiz (Castillo), Arturo Vidal; Eduardo Vargas, Alexis Sánchez (Junior Fernandes) , Técnico: Reinaldo Rueda.
Gols: No primeiro tempo: Agüero (11 minutos) e Dybala (21 minutos). No segundo tempo: Vidal (13 minutos)
Expulsões: Messi e Medel (37 minutos do primeiro tempo)