Biden abre 14 pontos de vantagem sobre Trump, aponta pesquisa
Uma pesquisa divulgada neste domingo (04/05) pelo Wall Street Journal e pela emissora NBC revela que o candidato democrata à presidência dos Estados Unidos, Joe Biden, quase dobrou sua vantagem em relação ao seu adversário, o presidente Donald Trump, a menos de um mês das eleições.
Biden aparece com 53% da preferência dos eleitores registrados contra 39% que declararam o voto em Trump. O resultado significa um aumento da vantagem do democrata de oito para 14 pontos percentuais, em relação à pesquisa realizada antes do debate.
Esta é a maior diferença a favor de Biden registrada pela pesquisa WSJ/NBC em toda a campanha eleitoral. Até agora, a maior vantagem tinha sido de 11 pontos percentuais, medida em julho.
Segundo o levantamento, a maioria dos eleitores também considera que o ex-vice-presidente tem melhor temperamento para assumir o cargo do que o atual presidente. A pesquisa foi realizada dois dias após o caótico debate entre os dois candidatos na última terça-feira, mas antes de Trump receber diagnóstico positivo para covid-19 e ser hospitalizado.
De acordo com o levantamento, a maior vantagem para Biden foi registrada entre as pessoas de idade mais avançada (62% contra 35%) e entre as mulheres dos subúrbios americanos (58% contra 33%).
Em relação ao debate, 49% afirmaram que Biden teve melhor desempenho, contra 24% que avaliaram melhor o republicano. Outros 17% disseram que nenhum dos dois saiu vencedor do embate.
No total, 19% dos eleitores se disseram mais propensos a votar no democrata após o debate, contra 6% favoráveis ao presidente. A grande maioria (73%), porém, disse que o confronto direto dos candidatos não influenciou suas decisões.
Biden também aumentou sua vantagem na avaliação sobre quem tem melhor temperamento para ser presidente. Neste quesito, o democrata é o favorito de 58% dos eleitores, contra 26% em favor de Trump. A vantagem do democrata é ainda maior quando se avalia quem estaria melhor preparado para lidar com questões específicas, como as relações raciais (29%), saúde pública (19%) e coronavírus (17%).
Trump, porém, ainda está à frente de seu adversário no que diz respeito à economia, apesar de uma queda de 10 para 7 pontos percentuais em relação à pesquisa realizada antes do debate. Entre os eleitores, 48% confiam na gestão econômica do republicano, contra 41% que preferem o candidato democrata.
Segundo o levantamento, a aprovação do governo Trump é de 43%, o que significa uma queda de apenas dois pontos em relação à pesquisa anterior. Entretanto, 51% reprovam a atuação do governo no combate ao desemprego, incluindo 50% que reprovam totalmente.
A pesquisa NBC News/Wall Street Journal foi realizada entre os dias 30 de setembro e 1º de outubro e ouviu 800 eleitores registrados. A margem de erro é de 3,5 pontos percentuais.
Atuação de Trump na pandemia é reprovada por 57%
Outra pesquisa, realizada pelo instituto Ipsos em parceria com a agência de notícias Reuters nos dias 2 e 3 de outubro, ou seja, depois de Trump ser diagnosticado com covid-19, sugere uma vantagem de 10 pontos percentuais para Biden. Esta também é a maior distância entre os dois candidatos registrada pelo levantamento desde o início da campanha.
Entre os eleitores entrevistados, 51% apoiam Biden contra 41% que declararam o voto em Trump. Outros 4% se disseram favoráveis a candidaturas alternativas, o mesmo percentual de indecisos.
A vantagem do democrata é de apenas um a dois pontos percentuais a mais o que havia sido registrado em pesquisas nas últimas semanas, ou seja, ainda está dentro da margem de erro de cinco pontos para mais ou para menos.
A pesquisa indica que a maioria dos americanos continua profundamente preocupada com o vírus, com 65% – incluindo nove entre dez eleitores democratas e cinco entre dez eleitores republicanos – que concordam com a afirmação de que “se o presidente Trump tivesse levado o coronavírus mais a sério, provavelmente não teria sido infectado”.
Apenas 34% acreditam que o presidente esteja dizendo a verdade sobre a covid-19, enquanto 55% afirmam o contrário e 11% não sabem. Além disso, aumentou em torno de três pontos a reprovação à atuação do presidente em relação à pandemia (57%).
A grande maioria (67%) dos americanos defende o fim de eventos de campanha com presença de público e 59% avaliam que os debates entre os candidatos devem ser adiados até que o presidente esteja plenamente recuperado.
A pesquisa Reuters/Ipsos foi realizada online e entrevistou 1.005 pessoas, entre as quais, 596 prováveis eleitores.
RC/rtr/ots