Governador de São Paulo critica greve dos servidores e promete medidas contra paralisação
Tarcísio de Freitas considera a decisão dos servidores estaduais um desrespeito à sociedade e afirma que não tolerará a paralisação
O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), expressou sua opinião sobre a greve dos servidores estaduais marcada para a próxima terça-feira (28), classificando-a como um “deboche contra a sociedade, uma piada e um desrespeito”. Em suas declarações, ele criticou o sindicato responsável pela paralisação, afirmando que eles têm uma pauta própria e estão olhando apenas para seus próprios interesses.
“A gente não pode ser escravizado por meia dúzia de pessoas de um sindicato que tem uma pauta própria, que está olhando para o próprio umbigo. Nós não vamos tolerar esse tipo de coisa”, afirmou o governador. Ele também prometeu que “elevará o tom” contra os organizadores da greve.
Na última quinta-feira (23), foi anunciada a greve dos trabalhadores do Metrô, da CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos) e da Sabesp (Companhia de Saneamento do Estado), além dos professores da rede pública e servidores da Fundação Casa. Os protestos são contra os planos de privatização propostos pelo atual governo.
Sobre as privatizações, Tarcísio ressaltou que o assunto foi discutido durante as eleições e que não aceitar isso é não aceitar o resultado das urnas. Ele afirmou ter proposto estudar a privatização como um caminho para um estado mais eficiente. O governador argumentou que essa foi sua linha de campanha, jogando o tema com honestidade.
As declarações de Tarcísio foram dadas no Palácio do Bandeirantes, sede do governo paulista, na tarde desta sexta-feira (24). Ele ressaltou que, mesmo diante da greve, o governo irá continuar estudando as privatizações e que não irá retroceder nesse debate.
Em resposta à paralisação, o governo decidiu adiar a aplicação do Provão Paulista, uma avaliação que visa oferecer mais oportunidades para que estudantes de escolas públicas ingressem no Ensino Superior. Além disso, o governador afirmou que irá recorrer ao Judiciário para determinar os termos de manutenção dos serviços públicos durante a paralisação.