Ex-estrategista de Trump, Steve Bannon é preso por fraude
Steve Bannon, o ex-estrategista-chefe do presidente americano, Donald Trump, foi preso nesta quinta-feira (20/08) nos Estados Unidos. Ele é acusado de conspiração para cometer fraude numa campanha de financiamento coletivo para a arrecadação de fundos para apoiar a construção do muro na fronteira com o México, segundo informou o Departamento de Justiça dos EUA.
Além de Bannon, outros três acusados também foram detidos. De acordo com a Promotoria Federal americana, eles teriam “orquestrado um esquema para fraudar centenas de milhares de doadores”.
Iniciada em 2018, a campanha chamada “Nós construiremos o muro” arrecadou mais de 25 milhões de dólares (cerca de 141 milhões de reais).
Segundo os promotores, Bannon prometeu usar todo o valor arrecadado na obra, mas o dinheiro foi usado, entre outros, para financiar despesas pessoais e o luxuoso estilo de vida de Brian Kolfage, descrito como o rosto público e fundador da campanha.
Os promotores afirmam que o grupo falsificou notas e acordo com fornecedores fictícios para esconder o que realmente estava acontecendo. Os quatros também foram acusados de conspiração para lavar dinheiro.
Bannon, uma figura proeminente da extrema direita americana, foi assessor de campanha de Trump, que fez da construção do muro na fronteira com o México uma de suas principais promessas na corrida eleitoral de 2016.
O americano é considerado um dos maiores ícones da extrema direita e esteve à frente do portal Breitbart News, que ajudou a propagar a nova ultradireita dos Estados Unidos.
Trump nomeou Bannon como seu estrategista-chefe logo após assumir a Presidência. Ele permaneceu no cargo durante apenas sete meses. No governo, ele defendia que Trump deveria manter o discurso populista que o levara ao poder e o encorajou, entre outras coisas, a emitir o polêmico veto migratório contra os refugiados e os imigrantes de determinados países muçulmanos, bem como a retirar os Estados Unidos do Acordo de Paris sobre o clima.
Em 2018, Bannon se aproximou da família Bolsonaro.
Em agosto daquele ano, ele se reuniu com Eduardo Bolsonaro em Nova York. Na ocasião, o deputado federal relatou que Bannon era um entusiasta de seu pai e que ambos manteriam contato “para somar forças, principalmente contra o marxismo cultural”. Em outubro, o extremista de direita declarou apoio ao então candidato Jair Bolsonaro.
CN/rtr/ap/afp
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