Fim da festa: compras internacionais de até US$ 50 agora serão taxadas
Nova lei sancionada por Lula impõe imposto de 20% sobre produtos importados de baixo valor, impactando principalmente compras em plataformas como Shein e AliExpress.
Nesta quinta-feira (27), o presidente Lula sancionou a lei que acaba com a isenção de impostos para compras internacionais de até US$ 50. A medida, que já vinha sendo discutida há meses, promete movimentar o cenário do e-commerce e impactar diretamente o bolso do consumidor.
Até então, produtos importados de baixo valor, como roupas, eletrônicos e acessórios, adquiridos em plataformas como Shein, Shopee e AliExpress, não eram taxados, o que os tornava muito atrativos para os brasileiros. Com a nova lei, será aplicado um imposto de importação de 20% sobre esses itens, além do ICMS, que varia de estado para estado.
O que muda para o seu bolso e para o mercado nacional?
Mas por que essa mudança?
A justificativa do governo é a de proteger a indústria nacional, que vinha sofrendo com a concorrência desleal de empresas estrangeiras que não pagavam impostos no Brasil. Além disso, a medida visa aumentar a arrecadação e financiar projetos de incentivo à produção de veículos menos poluentes.
O que esperar a partir de agora?
A expectativa é que os preços dos produtos importados de baixo valor subam, o que pode desestimular o consumo e impulsionar a busca por alternativas nacionais. Por outro lado, a medida pode beneficiar a indústria brasileira, que terá mais chances de competir em igualdade de condições.
E o consumidor, como fica?
Para o consumidor, a mudança significa o fim da “farra” das compras internacionais baratas. A partir de agora, será preciso colocar na ponta do lápis se o preço final do produto importado, com os impostos, ainda vale a pena. A tendência é que muitos consumidores migrem para o mercado nacional, o que pode aquecer a economia local.
O futuro do e-commerce
A nova lei também pode trazer mudanças no cenário do e-commerce. Plataformas estrangeiras que atuam no Brasil terão que se adaptar à nova realidade, o que pode incluir a criação de centros de distribuição no país para reduzir custos e prazos de entrega. Já as empresas nacionais podem aproveitar o momento para ganhar espaço e conquistar novos clientes.
O debate continua
A taxação de compras internacionais de até US$ 50 é um tema polêmico, que divide opiniões. Enquanto alguns defendem a medida como forma de proteger a indústria nacional e gerar empregos, outros criticam o aumento dos custos para o consumidor e a possível redução da concorrência no mercado.
O fato é que a mudança já está em vigor e seus efeitos serão sentidos em breve. Resta saber qual será o impacto real da medida no bolso do consumidor, na economia do país e no futuro do e-commerce.