GCMs são proibidos de utilizar bombas e balas de borracha na Cracolândia
A Justiça de São Paulo estabeleceu limites para a atuação da GCM em operações
A Guarda Civil Metropolitana (GCM) de São Paulo enfrenta novas restrições em suas operações na região conhecida como Cracolândia. Uma decisão da Justiça de São Paulo nesta segunda-feira (24) proibiu o uso de bombas de gás, balas de borracha e a adoção de práticas semelhantes às da Polícia Militar contra os usuários de drogas que frequentam a área. A medida visa garantir uma abordagem mais humana e menos agressiva, respeitando os direitos dos cidadãos e a integridade física dos envolvidos.
A atuação da GCM deve agora se restringir à proteção de bens, serviços e locais públicos municipais, conforme estabelecido pelo Estatuto Geral das Guardas Municipais. A decisão também exige que a Prefeitura de São Paulo estabeleça um canal direto de comunicação entre a população e o comando da GCM para receber denúncias de atuações inadequadas.
Na quinta-feira (20), a Prefeitura instalou grades na região central da cidade, próximas à Rua dos Protestantes, uma região com uma concentração muito grande de usuários de drogas. Segundo informações da prefeitura, a justificativa dessa ação foi para promover a melhoria das condições de trabalho e a garantia da segurança dos agentes públicos que atuam no local.
Além disso, o Sindicato dos Guardas Civis Metropolitanos (Sindguardas-SP) notificou a Prefeitura após a constatação de que vários agentes foram contaminados por doenças na Cracolândia.