Política

Ipec: Lula tem 51% e Bolsonaro 43% no segundo turno

A primeira pesquisa de intenção de votos para o segundo turno da corrida ao Planalto mostra o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) oito pontos à frente do presidente Jair Bolsonaro (PL). Os dados são do Instituto Ipec e foram divulgados no começo da noite desta quarta-feira (05/10).

Lula aparece com 51% dos votos, contra 43% de Bolsonaro. Brancos e nulos somam 4% e não sabem 2%.

O Ipec ouviu 2 mil pessoas, em 129 municípios, entre segunda e esta quarta-feira. A margem de erro é de dois pontos percentuais, com índice de confiança de 95%.

Nos votos válidos, que não consideram brancos e nulos, Lula aparece com 54,25%, contra 45,75%.

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No primeiro turno, Lula recebeu 48,43% dos votos válidos, e Bolsonaro, 43,20%. 

O levantamento também questionou os eleitores sobre a rejeição aos dois candidatos: 50% deles responderam que não votariam  em Bolsonaro de jeito nenhum e 40% disseram que jamais elegeriam Lula.

A avaliação do governo Bolsonaro segue baixa. Segundo a pesquisa Ipec desta quarta-feia, 42% consideram a gestão do atual presidente ruim ou péssima e 35%, boa ou ótima. Outros 22% acham regular.

Resultados das pesquisas

O resultado do primeiro turno surpreendeu e gerou críticas a institutos de pesquisa, já que os últimos levantamentos do Datafolha e do Ipec antes do pleito, divulgados no sábado à noite, apontavam Lula 14 pontos percentuais à frente de Bolsonaro. Pesquisas anteriores também vinham indicando ampla vantagem do petista.

Em entrevista à DW, o diretor de amostragem do Survey Research Center da Universidade de Michigan (EUA) e membro da American Association for Public Opinion Research (Aapor), Raphael Nishimura, disse que tratar as pesquisas eleitorais como oráculo não faz sentido.

“Não tem como a gente dizer que pesquisas pré-eleitorais erram ou acertam o resultado das eleições. Elas são um retrato do momento”, explica o estatístico.

Como possíveis explicações para a diferença dos resultados da pesquisa e do que foi visto nas urnas, Nishimura cita que uma parte do eleitorado pode ter mudado o voto em cima da hora, depois das últimas sondagens. O não comparecimento de 20% é outro ponto difícil de considerar nos levantamentos. A terceira hipótese é de um viés de não resposta por parte de eleitores pró-Bolsonaro que desconfiam dos institutos.

le (ots)

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