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Morre aos 56 anos a cantora irlandesa Sinéad O’Connor, ícone do pop dos anos 90

A cantora irlandesa Sinéad O’Connor morreu aos 56 anos, nesta quarta-feira (26), de acordo com a emissora pública RTE, que divulgou um comunicado de sua família.

“É com grande tristeza que anunciamos o falecimento de nossa amada Sinéad. Sua família e amigos estão devastados e pedem privacidade neste momento muito difícil”, diz a nota.

A causa da morte não foi revelada. A cantora sofria de transtornos mentais e dependência química há anos e relatou suas dificuldades em sua autobiografia “Rememberings”, lançada em 2021.

Sinéad O’Connor também enfrentava o luto pela morte do filho Shane, de 17 anos, que se suicidou em 2022, após ser dado como desaparecido. Na época, ela escreveu nas redes sociais que ele havia “decidido encerrar sua luta terrena” e pediu que “ninguém seguisse seu exemplo”.

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Sinéad O’Connor nasceu em Dublin, em 1966, e começou sua carreira musical na década de 1980. Seu primeiro álbum, “The Lion and the Cobra”, saiu em 1987 e entrou nas paradas do Reino Unido e dos Estados Unidos.

Mas foi seu segundo disco, “I Do Not Want What I Haven’t Got”, que a consagrou como uma das vozes mais marcantes da música pop. A faixa “Nothing Compares 2 U”, uma versão da canção escrita por Prince, se tornou um sucesso mundial em 1990, impulsionada pelo clipe em que ela aparece com a cabeça raspada e uma expressão emocionada.

A canção rendeu a Sinéad O’Connor quatro indicações ao Grammy e dois prêmios no MTV Video Music Awards, de vídeo do ano e melhor vídeo feminino.

Além da música, Sinéad O’Connor também se destacou por suas posições políticas e sociais, muitas vezes controversas. Em 1992, ela rasgou uma foto do papa João Paulo II no programa Saturday Night Live, como forma de protesto contra a Igreja Católica. A atitude gerou repúdio nos Estados Unidos e resultou em sua proibição pela emissora NBC.

Em 1999, ela foi ordenada sacerdotisa por uma dissidência católica irlandesa e adotou o nome de Madre Bernadette Mary. Em 2018, ela se converteu ao islamismo e mudou seu nome para Shuhada Sadaqat, mas continuou se apresentando como Sinéad O’Connor.

Ao longo de sua carreira, ela lançou 10 álbuns de estúdio, sendo o último “No Veteran Dies Alone”, em 2021. Ela também colaborou com artistas como Peter Gabriel, Massive Attack, The Edge e Moby.

Sinéad O’Connor deixa três filhos: Jake Reynolds, Roisin Waters e Yeshua Bonadio.

Nas redes sociais, vários artistas e personalidades lamentaram a morte da cantora e prestaram homenagens a ela.

O primeiro-ministro irlandês Leo Varadkar disse que sua música “era amada pelo mundo todo e seu talento era incomparável e sem igual”.

O comediante irlandês Dara O’Briain afirmou que a notícia era “muito triste” e desejou que ela soubesse “quanto amor havia por ela”.

O músico Tim Burgess, da banda The Charlatans, disse que Sinéad era “a verdadeira personificação do espírito punk” e que ela “não fazia concessões e isso tornava sua vida mais difícil”.

A escritora irlandesa Marian Keyes descreveu a morte de Sinéad como “desoladora” e disse: “Como ela sofreu. Pobre, pobre Sinéad. Descanse em paz, você incrível, corajosa, linda, única maravilha”.

A jornalista Caitlin Moran postou: “Ela estava décadas à frente de seu tempo e era destemida”.

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