São Paulo

MPL protesta contra aumento de tarifa de trem e metrô em São Paulo

O Movimento Passe Livre organizou dois atos contra o reajuste das passagens de trens e metrô, que passaram de R$ 4,40 para R$ 5 neste ano

O Movimento Passe Livre (MPL) realizou duas manifestações na cidade de São Paulo contra o aumento da tarifa do transporte sobre trilhos, que entrou em vigor em 1º de janeiro. Os atos ocorreram nos dias 10 e 18 de janeiro, com concentração no Theatro Municipal, no Centro, e seguiram por diferentes trajetos até a Avenida Paulista.

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O Movimento Passe Livre organizou dois atos contra o reajuste das passagens de trem e metrô(Paulo Pinto – Agência Brasil)

Os manifestantes criticaram o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), e exigiram a revogação do aumento, que consideram abusivo e injusto. Eles também defenderam a tarifa zero, ou seja, a gratuidade do transporte público para toda a população. Eles afirmaram que o transporte é um direito social básico, que garante o acesso a outros direitos, como educação, saúde, lazer e cultura.

O MPL argumentou que o reajuste de R$ 0,60, que representa um aumento de 13,63%, está acima da inflação acumulada no período em que a tarifa ficou congelada, que foi de 26,6%, segundo o IPCA. O movimento também questionou a qualidade do serviço prestado pelo Metrô e pela CPTM, que sofrem com superlotação, falhas, atrasos e greves.

A Prefeitura de São Paulo decidiu não aplicar o aumento nas passagens de ônibus municipais, que permanecem em R$ 4,40, valor cobrado desde 2020. No entanto, a tarifa de integração entre ônibus e trilhos subiu de R$ 7,65 para R$ 8,20, um aumento de 7,2%.

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As manifestações foram marcadas por forte presença policial e por confrontos entre os participantes e os agentes. A Polícia Militar usou bombas de gás lacrimogêneo, balas de borracha e cassetetes para dispersar os manifestantes, que revidaram com pedras, garrafas e rojões. A polícia também revistou as mochilas dos manifestantes e prendeu alguns deles, sob a alegação de que estavam portando armas brancas, sprays e gasolina.

A Secretaria de Segurança Pública (SSP) informou que 19 pessoas foram detidas nos dois atos, sendo 13 no dia 10 e seis no dia 18. Elas foram levadas para o 3º DP (Campos Elíseos) e autuadas por associação criminosa, porte de arma branca, dano ao patrimônio público e resistência. A SSP disse que a polícia agiu para garantir a ordem pública e a segurança dos manifestantes e dos demais cidadãos.

O MPL disse que vai continuar a luta contra o aumento da tarifa e convocou uma nova manifestação para o dia 25 de janeiro, aniversário da cidade de São Paulo. O movimento disse que espera contar com o apoio de outros movimentos sociais, sindicatos, estudantes e trabalhadores.

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