Polícia identifica um dos suspeitos de matar médico em SP
A Polícia Civil identificou nesta quarta-feira (14) um dos dois criminosos que participaram do assassinato do médico Roberto Kikawa, de 48 anos, durante tentativa de assalto no último sábado (10) em São Paulo, e pediu a prisão temporária dele à Justiça. Até a publicação desta reportagem, porém, ainda não havia decisão judicial a respeito da solicitação.
A investigação ainda divulgou a foto de Luciano Silva Moreira, de 18 anos, conhecido como Nene, e o apontou como o homem que aparece em vídeo de câmera de segurança atirando duas vezes em Roberto. “Foi Luciano Silva Moreira quem atirou no médico”, disse o delegado Wilson Zampieri, titular do 17º Distrito Policial (DP), no Ipiranga, Zona Sul.
O paradeiro de Luciano é desconhecido. Apesar disso, o reconhecimento dele foi feito pelos próprios familiares do rapaz, segundo o delegado. “Eles viram as imagens do vídeo e confirmaram para a investigação que o jovem que atira é mesmo Luciano”, falou Wilson.
Segundo o delegado, as testemunhas que presenciaram o crime, uma secretária do médico e a filha dela, ainda não fizeram o reconhecimento de Luciano e do comparsa dele, que ainda não foi identificado oficialmente, mas seria um adolescente.
“Temos um apelido desse comparsa e sabemos que é menor de idade, mas não podemos divulgar porque pode atrapalhar as investigações”, afirmou Wilson. Quem tiver informações sobre os suspeitos do crime pode ligar para o número 181 do Disque-Denúncia. Não é preciso se identificar.
Ainda nesta quarta, o delegado que investiga o caso informou à reportagem que dois detidos que tinham sido detidos por suspeita de participação no assassinato do médico não foram reconhecidos pelas testemunhas do crime.
A secretária e a filha disseram que um adolescente de 15 anos, apreendido na terça-feira (13) em Minas Gerais por suspeita de roubar carros de luxo em São Paulo, e um homem, preso na manhã desta quarta na capital paulista, não participaram da morte do médico.
Além de buscas por eventuais suspeitos pela morte do médico, a Polícia de São Paulo também analisa câmeras de segurança que gravaram o crime contra Roberto.
Nelas é possível ver dois sujeitos se aproximando do carro dele, um Jeep Compass branco, avaliado em mais de R$ 100 mil. O veículo estava estacionado na Rua do Manifesto.
Dentro do automóvel estavam Roberto, sua secretária e a filha dela. Nas imagens é possível ver os criminosos armados abrindo a porta do Jeep. Em seguida dizem algo e um deles atira duas vezes no médico.
Depois os bandidos fogem sem levar nada. Segundo as vítimas que sobreviveram, a dupla atirou em Roberto por desconfiar que ele pudesse ser policial. Além disso, a secretária contou à investigação que, durante a tentativa de roubo, o médico não conseguiu destravar o cinto de segurança para descer do carro, o que irritou os bandidos.