Policiais militares são presos acusados de sequestro em Guarulhos
Dois PMs e um porteiro foram detidos após exigirem resgate de um jovem e trocarem tiros com outros policiais
Na manhã de sexta-feira (26), uma operação policial resultou na prisão de dois policiais militares e um porteiro, acusados de extorsão mediante sequestro e tentativa de homicídio, no bairro Taboão, em Guarulhos, na Grande São Paulo. A vítima, um jovem de 23 anos, foi resgatada após uma troca de tiros entre os sequestradores e outros policiais. Os PMs envolvidos foram encaminhados ao Presídio Militar Romão Gomes (PMRG) e o porteiro, à carceragem do 1º DP de Guarulhos.
A ação foi coordenada pela Polícia Militar, que recebeu a informação de que os criminosos estavam exigindo R$ 140 mil para liberar o jovem, que teria sido levado de sua casa com a ajuda do porteiro, que seria conhecido do filho de uma outra policial. O jovem seria amigo do filho da policial e teria sido sequestrado em um Ford Ka que pertenceria à namorada de um dos soldados.
Os policiais do serviço reservado do Batalhão de Ações Especiais de Polícia (Baep) monitoravam a ocorrência e foram até o local combinado para a entrega do dinheiro, na Alameda dos Lírios. Lá, eles abordaram os suspeitos, que reagiram atirando. Um dos PMs sequestradores, Thiago de Lima Matos, do 18º BPM, de 27 anos, disparou contra os colegas e atingiu uma viatura. Houve revide, mas os sequestradores conseguiram fugir. Ninguém ficou ferido.
As demais viaturas da área passaram então a procurar pelo Ford Ka, que foi encontrado. Os PMs responsáveis pelo sequestro se renderam aos colegas e entregaram a vítima.
Os PMs sequestradores foram indiciados também por tentativa de homicídio, além de extorsão mediante sequestro. Eles estão detidos no Presídio Militar Romão Gomes, na zona norte da capital paulista. O soldado Thiago de Lima Matos, do 18º BPM, teria sido admitido na corporação em maio de 2015 e o soldado Leonardo Bertozzi Paschoal, do 15º BPM, em novembro de 2014.
A reportagem não conseguiu contato com a defesa dos indiciados. O espaço segue aberto para manifestações.