Não haverá greve no Metrô nesta terça, decidem metroviários
Os metroviários, reunidos em assembléia no começo da noite desta segunda-feira (4), decidiram suspender a greve prevista para esta terça feria (5).
A categoria aprovou a continuidade do “Plano de Lutas”. No site do Sindicato dos Metroviários, a Privatização é citada como ataque a categoria, além de outras reivindicações:
“O grave acidente ocorrido no dia 29/1, com o choque de dois trens na Linha 15-Prata do Monotrilho, expõe as condições de risco que os trabalhadores e a população sofrem nessa linha. Estações foram entregues às pressas e com vários problemas de segurança, sem acabamento e iluminação”, aponta.
Segundo a categoria “outra medida do Metrô que revoltou os trabalhadores ocorreu com a demissão injusta do Operador de Trem Joaquim José. Funcionário há 33 anos e diversas vezes elogiado pelos serviços prestados, foi demitido por justa causa sem qualquer apuração após agir em um incidente na Linha 1-Azul”.null
Liminar
Durante a tarde desta segunda-feira (4), a Justiça do Trabalho de São Paulo (TRT-2) chegou a conceder, parcialmente, liminar à Companhia do Metropolitano de São Paulo (Metrô), estabelecendo regras para a possível paralisação dos Metroviários. A decisão foi tomada ao final da reunião entre representantes do sindicato da categoria e do Metrô, com mediação do desembargador-relator Fernando Álvaro Pinheiro.
Como não houve consenso entre as partes, o desembargador determinou que os Metroviários mantivessem em funcionamento 80% dos serviços no horário de pico (das 6h às 9h e das 16h às 19h), e de 60% nos demais horários enquanto durasse a greve, com multa de R$ 350 mil se houvesse descumprimento.
“O motivo da liminar é buscar o equilíbrio sem negar o exercício do direito de greve. E ao mesmo tempo não permitir que o conflito entre empresa e sindicato penalize ainda mais a população, tão dependente desse importante meio de transporte público”, afirmou o desembargador Fernando Álvaro Pinheiro.