Dose de reforço contra covid-19 será aplicada em todos os adultos
O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, anunciou nesta terça-feira (16/11) que o governo brasileiro vai oferecer a dose de reforço – a terceira no processo de imunização contra o coronavírus Sars-CoV-2 – a todos os adultos maiores de 18 anos no país.
Até o momento, a dose de reforço estava disponível apenas para idosos com mais de 60 anos, profissionais da área de saúde e imunossuprimidos (pacientes que obtiveram um transplante ou portadores de HIV, por exemplo).
Durante o lançamento da campanha Mega Vacinação, a qual deve ocorrer entre 20 e 26 de novembro a fim de estimular ainda mais a imunização contra a covid-19, a pasta também anunciou que o intervalo entre a segunda e a terceira doses será reduzido de seis para cinco meses, e que há vacinas suficientes para atender à demanda.
O ministro destacou ainda a importância de se completar o ciclo vacinal com a segunda dose. Conforme a pasta, mais de 21 milhões de brasileiros precisam retornar aos postos de saúde para tomar a dose complementar porque não voltaram para tomar a segunda injeção na data prevista.
Também segundo o governo, mais de 12 milhões de pessoas estão aptas a tomar a dose de reforço (a terceira).
Vacina da Janssen também deverá ter reforço
Outra mudança anunciada pela pasta diz respeito à vacina da Janssen que era aplicada em dose única e passará a ter duas doses.
“No início, a recomendação era de que esta vacina fosse de dose única. Hoje, sabemos que é necessária esta proteção adicional. Então, quem já tomou a Janssen, agora vai tomar a segunda dose do mesmo imunizante. E, lá adiante, cinco meses após [a segunda dose], um reforço com imunizante diferente”, disse Queiroga. A segunda dose da Janssen deverá ser ministrada a partir de dois meses da primeira aplicação.
Brasil ultrapassa EUA em imunização
Nesta semana, o Brasil atingiu a marca de quase 60% da população totalmente vacinada contra a covid-19, ultrapassando, assim, os Estados Unidos – que têm quase 58% – no esquema completo de vacinação. Os dados são do site Our World in Data, criado em 2011 sob tutela da Universidade de Oxford.
No mais recente balanço, divulgado nesta segunda-feira (15/11), o Brasil registrou 63 mortes por covid-19 e 2.799 novos casos da doença. Com mais de 600 mil óbitos, o país já contabiliza quase 22 milhões de infectados desde o início da pandemia.
Por Deutsche Welle
gb/rk (Reuters, Abr, ots)