Feminicídio: quatro mulheres foram mortas no feriado
Fernanda Cruz/Agência Brasil
Quatro vítimas de feminicídio morreram neste feriado prolongado no estado de São Paulo, segundo a Secretaria de Segurança Pública. Dois autores dos crimes foram presos, um se suicidou após o crime e um está foragido.
O caso mais recente ocorreu em Bonsucesso, distrito de Guarulhos. Richardson Jonhnison Silva, 30 anos, matou a ex-namorada Ellen Bandeira de 22 anos. Segundo testemunhas, Richardson foi até a casa de Ellen, onde disparou com arma de fogo contra ela. A vítima foi levada para o Hospital Municipal Pimentas, mas não resistiu e morreu.
O autor dos disparos tentou se esconder em uma igreja, mas foi encontrado e detido por policias militares na madrugada deste domingo. O caso foi registrado como homicídio com agravante de feminicídio no 4º Distrito Policial.
Outro caso foi na região do Campo Limpo, zona sul da capital paulista. José Manuel da Silva, 47 anos, foi preso em flagrante após matar a ex-mulher Renata Solange de Souza, de 35 anos, às 21h de sexta-feira (12). A vítima foi levada para o Hospital do Campo Limpo, onde morreu.
Confissão de crime
A polícia encontrou José com a ajuda de uma testemunha, que indicou o local onde o autor do crime se encontrava. José, ao ser surpreendido, confessou o crime e indicou a localização da arma usada, um revólver calibre 38 com numeração raspada, que foi apreendida. O caso foi registrado no 89º Distrito Policial como homicídio com agravante de feminicídio e posse ilegal de armas de fogo.
Na cidade de Sumaré, interior paulista, houve o terceiro caso, um homicídio seguido de suicídio. Evandro Humberto Ruzza, 45 anos, matou a esposa Renata Basso Beisna, 46 anos, às 9h de sexta-feira (12).
O casal estava em processo de separação e Evandro não morava mais no imóvel onde Renata foi morta. O marido pediu para que os dois filhos fossem para a casa do vizinho, matou a esposa e se matou em seguida. Quando a polícia chegou, encontrou os corpos e o revólver calibre 38.
A quarta mulher morta foi a ajudante geral Sheron Chaves Monteiro, 34 anos, incendiada pelo marido, o serralheiro Alex Alexandre Ferreira, 42 anos, que está foragido.
O crime foi na manhã do dia 8 de outubro, às 11h, na casa do casal, em Parelheiros, zona sul da capital paulista. Noite anterior ao crime, um primo da vítima foi até a casa de Sheron e ouviu as discussões.
A mulher foi levada para o Hospital do Grajaú, onde passou a semana internada para tratar as queimaduras pelo corpo, mas morreu na madrugada do sábado (13). O caso foi registrado como feminicídio no 101º Distrito Policial.