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Filmes premiados pelo Sesc serão exibidos pelo país

Por Cristina Índio do Brasil, da Agência Brasil

Representantes das produções durante a premiação no Rio de Janeiro. (Sesc/Reprodução)

Os 34 filmes selecionados para a 2ª Mostra Sesc de Cinema 2018 já estão sendo exibidos em sessões itinerantes. A programação prevê a passagem das produções pelas representações do Serviço Social do Comércio (Sesc) nas 27 unidades da Federação, incluindo o Distrito Federal, nos próximos dois anos.

Entre elas estão os vencedores da 2ª Mostra, anunciados no dia 9 de dezembro, no Sesc Tijuca, zona norte do Rio. Quem estiver interessado na programação é só acessar o site da instituição e procurar a unidade mais próxima.

Para o analista de Cultura do Departamento Nacional do Sesc, Marco Aurélio Lopes Fialho, a mostra itinerante é importante para permitir a participação do público em todas as regiões do país.

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“A gente está dando a oportunidade para o público conhecer uma nova cinematografia e isso é um desafio constante para quem trabalha no setor de audiovisual”, disse ele. Alguns produtores destacaram a importância de seus filmes chegarem a lugares que não podiam imaginar.



“O Sesc está até em lugares de difícil acesso, onde não existem nem equipamentos culturais. Em vários lugares do Brasil, o Sesc é o único equipamento e também está nas grandes cidades. A gente, realmente, consegue dar um grande abraço cinematográfico no país”, completou.

Regiões

O maior número de prêmios (3) ficou com filmes e curtas de São Paulo, seguido de Mato Grosso (2). Segundo Fialho, isso reflete a diferença do número de produções entre os estados do país. Ele disse que, ao mesmo tempo, pode ser observada a chegada de obras de outros estados, como Santa Catarina e Mato Grosso, além de Pernambuco, que se transformou em polo importante de cinema no Nordeste e já está sedimentado.

A diversidade da regionalização das produções foi uma das preocupações dos organizadores. De acordo com Fialho, isso permitiu que trabalhos realizados fora do eixo Rio/São Paulo pudessem se destacar. “Isso mostra o quanto é importante a gente continuar insistindo no modelo de ter todas as regiões contempladas. Entre os premiados, por exemplo, não teve nenhum filme do Norte, o que significa que devemos continuar investindo nos conteúdos que não são dos grandes polos do centro-sul. É importante ficar atento ao que está sendo produzido fora desse eixo”.

Vencedores

Os vencedores da 2ª Mostra Sesc de Cinema 2018 foram escolhidos nas categorias filme, direção de arte, direção de elenco, roteiro, direção, montagem, desenho de som e direção de fotografia. Seis, dos oito prêmios, foram concedidos para curtas e dois para longas-metragens.

O melhor filme foi Escolas em luta, documentário que trata das ocupações estudantis de 2017 em São Paulo e o poder das redes sociais. “Esse filme é coletivo, foi dirigido por mim, pelo Tiago Tambeli e pelo Eduardo Consonni, feito a três mãos, em três produtoras. É um processo feito com os estudantes, que são os protagonistas e que fizeram boa parte das imagens. É um filme colaborativo. A gente fica também muito feliz com o prêmio porque a luta dos estudantes consegue se amplificar. Essa luta foi única no país e, por isso, é super importante a premiação”, disse o diretor Rodrigo Teixeira Marques.

Ele lembrou que o filme ganhou do Sesc o licenciamento no valor de R$ 26 mil e isso dá fôlego para seguir em frente produzindo mais documentários. “Isso para uma produção independente, que não teve apoio nenhum, a gente consegue cobrir os custos que o filme teve e usar os recursos para inscrevê-lo em outros festivais. Para outros editais, o nosso currículo fica mais forte. Ajuda muito a premiação”, observou.

Curtas

Nos curtas, a premiação de direção foi para A Gis (Valinho/SP), de Thiago Borba; de montagem para Entremundo (São Paulo-SP), de Thiago B. Mendonça; em desenho de som o vencedor foi Labor (Cachoeira do Itapemirim/ES), de Igor Pontini Mesquita; e em direção de fotografia Flecha Dourada (Florianópolis/SC), de Cíntia Domit Bittar.

A cineasta Juliana Curvo e o diretor Diego Baraldi, que se conheceram na universidade, foram os coprodutores do curta Aquele disco da Gal (MT), vencedor em duas categorias: direção de arte e direção de elenco. A obra apresenta a história da convivência entre pai e filha, que ficam juntos no apartamento da família depois que a mãe decide sair de casa para morar com a amante. Para Baraldi, o Sesc tem papel fundamental, porque, ao promover iniciativas como essa, apresenta a diversidade dos diferentes olhares e formas de se fazer cinema. “Essa possibilidade é fundamental para que o espectador perceba a heterogeneidade do cinema brasileiro”, afirma.

Nesta 2ª edição da Mostra Sesc de Cinema foram inscritos 1.061 filmes, sendo 952 curtas e 109 longas. A escolha das obras para a mostra nacional seguiu a avaliação de uma comissão formada por profissionais do Sesc e especialistas das áreas de cultura e cinema.

Inscrições

As inscrições para a 3ª Mostra Sesc de Cinema  começarão no dia 15 de fevereiro e terminarão em 20 de março. Como novidade, os médias-metragens poderão participar. O edital será disponibilizado no site da mostra.

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