São Paulo

Governo encerra a Operação Escudo no litoral de São Paulo com 28 mortos

O governo liderado por Tarcísio de Freitas (Republicanos) anunciou na noite de terça-feira (5) o fim da Operação Escudo no litoral de São Paulo. A ação, que teve início em 28 de julho, resultou em pelo menos 28 pessoas mortas, tornando-se a operação mais letal da polícia paulista desde o massacre do Carandiru, em 1992.

Durante a operação, ocorreram 28 confrontos entre infratores e policiais, sendo 22 casos em Guarujá e seis em Santos. O secretário de Segurança Pública, Guilherme Derrite, lamentou as mortes e destacou que os confrontos ocorreram porque os infratores escolheram resistir à prisão e dispararam contra os policiais. Dois policiais militares também foram vítimas de ataques a tiros, e um deles permanece internado.

Desde o início da Operação Escudo, moradores denunciaram execuções de pessoas inocentes ou desarmadas, invasões de casas por policiais mascarados e casos de tortura. A Secretaria de Segurança Pública (SSP) afirmou que todas as mortes estão sendo investigadas de forma imparcial e que os laudos não indicam prática de tortura.

O secretário Derrite reiterou que nenhum laudo apontou tortura e que não foram encontrados indícios de queimaduras de cigarro ou unhas arrancadas. Segundo ele, os órgãos oficiais não receberam notificações sobre ilegalidades cometidas durante a operação.

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De acordo com o governo Tarcísio de Freitas, a Operação Escudo resultou na prisão de 958 pessoas, incluindo 382 procurados, e na apreensão de 117 armas e cerca de 1 tonelada de drogas. O secretário Derrite ressaltou a importância do combate ao crime organizado e afirmou que as prisões evidenciam a existência desse problema no estado.

A partir desta quarta-feira (6), as unidades do Baep (Batalhão Especial de Ações Especiais de Polícia) que reforçaram o efetivo no litoral retornarão às suas cidades de origem. A Operação Escudo será substituída pela Operação Impacto, que contará com a presença do policiamento de Choque e policiais em vagas da Dejem (Delegacia de Polícia Judiciária Militar), uma iniciativa em que os policiais recebem um valor extra para atuar no horário de folga. A Operação Impacto deverá ser mantida até o início da Operação Verão.

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