MP-SP investiga se Operação Escudo viola Direitos Humanos
O Ministério Público de São Paulo (MP-SP) designou um promotor para apurar se a Operação Escudo, deflagrada pela Polícia Militar (PM) na Baixada Santista, viola os Direitos Humanos. A operação teve início em 28 de julho, após o assassinato do soldado Patrick Bastos Reis, da Rota, em Guarujá, no litoral de São Paulo. Até o momento, 16 pessoas foram mortas e 58 presas.
Segundo o MP-SP, o promotor destacado pelo procurador-geral de Justiça, Mario Sarrubbo, é do Grupo de Atuação Especial de Segurança Pública (Gaesp) e vai analisar todas as ocorrências relacionadas à operação. Além disso, um promotor do Tribunal do Júri vai apurar os ataques realizados em Santos contra a cabo Najara Gomes e o soldado Pablo Uriel da Silva Souza, ambos da PM, que foram baleados na última terça-feira (1). O MP-SP suspeita que o crime possa ter conexão com as mortes em Guarujá.
A Operação Escudo A Operação Escudo foi deflagrada pela PM com o objetivo de capturar os responsáveis pela morte do soldado Patrick Bastos Reis, que foi baleado por criminosos durante patrulhamento em uma comunidade em Guarujá. A operação recebeu reforço de 600 agentes e visa reprimir o tráfico de drogas e o crime organizado na região.
A operação já deixou pelo menos 16 mortos em confrontos com a polícia em Guarujá e em Santos. A PM afirma que todos os casos foram registrados como resistência seguida de morte e que as vítimas estavam armadas e atiraram contra os policiais. No entanto, moradores denunciam que houve execuções aleatórias de pessoas identificadas como egressas do sistema prisional ou com passagem pela polícia.
A operação também resultou na prisão de 58 pessoas, sendo 38 em flagrante e 20 foragidas da Justiça. Outros quatro adolescentes foram apreendidos por tráfico de drogas.
A operação deve continuar por 30 dias na Baixada Santista.