Polícia

Receita e Polícia Civil fazem operação em SP e Guarulhos

A Receita Federal e a Polícia Civil de São Paulo cumprem, hoje (2), sete mandados de busca e apreensão em São Paulo e Guarulhos, na região metropolitana. Esta é a segunda fase da Operação Fractal, que tem como objetivo desarticular a atuação de operadores financeiros de um milionário esquema de remessas de dinheiro ilícito ao exterior, realizado em diversas etapas e por diversos operadores.

Segundo a Receita, “o dinheiro serve aos interesses do crime organizado, como facções criminosas ligadas ao tráfico de drogas e contrabandistas de produtos importados”, diz nota.

operacao fractal agentes
(Receita Federal/Reprodução)

Segundo investigação, os operadores financeiros alvos dessa fase foram responsáveis pela circulação de quase R$ 500 milhões em duas contas bancárias, de duas empresas de fachada. Os valores depositados nessas contas bancárias eram pulverizados em outras contas, visando dificultar seu rastreamento, e depois eram remetidos ao exterior. A totalidade desses recursos tem origem ilícita, conforme o comunicado.

“Tanto os operadores financeiros como os recursos que circularam nessas contas estavam à margem dos sistemas e dos controles da Receita Federal. Os valores sonegados nas transações investigadas nessa fase da operação ultrapassam R$ 100 milhões, segundo estimativa da Receita Federal”, completa.

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Participam das buscas 25 policiais civis da Divisão de Crimes contra a Administração do Departamento de Polícia de Proteção à Cidadania (DPPC) e 16 auditores-fiscais e analistas-tributários da Receita Federal.

Operação Fractal

operacao Fractal
(Receita Federal/Reprodução)

O nome da operação está relacionado à forma de atuação da organização. Até ser remetido para fora do país, por meio de operações com criptomoedas, o dinheiro passava por dezenas de empresas inidôneas, estruturadas em níveis que se assemelham a um fractal.

A primeira fase da operação foi deflagrada em outubro de 2022 e teve como alvos contribuintes que criavam e administravam formalmente as empresas de fachada, denominados “operadores formais”. Na segunda fase, os alvos são os “operadores financeiros” dessas empresas. São essas pessoas que possuem acesso às contas bancárias, fazem o dinheiro circular entre as várias empresas e são a principal interface com os verdadeiros “clientes” do esquema.

Esses “operadores financeiros” do esquema foram identificados com o avanço das investigações e com base em informações obtidas nos materiais apreendidos na primeira fase, bem como em procedimentos fiscais em andamento.

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