Economia

STF decidirá sobre antecipação de precatórios até novembro, afirma Ministro da Fazenda


O Supremo Tribunal Federal (STF) está próximo de tomar uma decisão sobre a antecipação dos precatórios, que são dívidas reconhecidas definitivamente pela Justiça. De acordo com o Ministro da Fazenda, Fernando Haddad, o Ministro relator das ações sobre o tema, Luiz Fux, deverá apresentar uma solução na próxima semana, encaminhando o caso para o plenário da Corte ou concedendo uma decisão individual.

Haddad informou que a expectativa é que haja uma definição até a metade de novembro, após as conversas entre o Ministro Fux, seus pares, a Advocacia-Geral da União (AGU) e o Ministério da Fazenda. Essa decisão também terá impacto no Nordeste do país.

STF decidirá sobre antecipação de precatórios até novembro, afirma Ministro da Fazenda
Decisão impactará pagamentos de dívidas reconhecidas pela Justiça e beneficiará o Nordeste(Marcelo Camargo – Agência Brasil)

O assunto da antecipação dos precatórios foi discutido durante uma reunião entre Haddad e os governadores do Nordeste no Ministério da Fazenda. Os estados da região aguardam o recebimento de mais de R$ 20 bilhões em precatórios do antigo Fundo de Manutenção e Desenvolvimento do Ensino Fundamental (Fundeb).

O pagamento desses precatórios é de grande interesse para o Nordeste, uma vez que uma parcela significativa desses valores é referente ao Fundef, que foi julgado pelo STF. Há diversos precatórios acumulados, totalizando mais de R$ 20 bilhões, e o pagamento dessas dívidas terá um impacto positivo na região.

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Em relação aos precatórios em geral, a Emenda Constitucional dos Precatórios de 2021 permitiu o parcelamento dessas dívidas acima de 60 salários mínimos. No caso das dívidas do Fundef, o pagamento será realizado em três parcelas anuais, sendo 40% no primeiro ano, 30% no segundo e 30% no terceiro.

O governo tem o objetivo de quitar todos os precatórios ainda este ano, que totalizam cerca de R$ 95 bilhões desde a aprovação da emenda constitucional, com uma previsão de chegar a R$ 250 bilhões até 2027. Para evitar impactos nas contas públicas, o governo busca aproveitar as ações no STF para modificar a forma como parte dos precatórios é registrada nas contas públicas.

Seguindo essa proposta, os pagamentos seriam divididos em dois grupos. O valor principal da dívida continuaria sendo classificado como gasto primário, dentro do arcabouço fiscal. Porém, os juros e a correção monetária seriam classificados como despesa financeira, excluídos da meta de resultado primário.

Haddad afirmou que a posição da equipe econômica da Fazenda já foi comunicada a Fux. Ele acredita que nas próximas semanas o Ministro tomará uma decisão, o que será importante para honrar os compromissos e regularizar os pagamentos, especialmente no Nordeste. O objetivo é colocar as coisas em dia neste ano e evitar atrasos nos pagamentos.

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