Tecnologia

Fake news: Twitter vai testar função de denúncias

O Twitter anunciou nesta segunda-feira (17/01) que colocará em prática no Brasil uma ferramenta para denunciar tuítes com fake news. O anúncio ocorre pouco mais de duas semanas depois de uma série de protestos de usuários e também do envio de um ofício do Ministério Público Federal (MPF) cobrando maior combate à desinformação.

Além do Brasil, Espanha e Filipinas também passarão a contar com a ferramenta, segundo divulgação feita pelo próprio Twitter. Desde agosto do ano passado, a novidade é testada em apenas três outros países: Austrália, Coreia do Sul e Estados Unidos.

A iniciativa busca combater e denunciar tuítes com conteúdos enganosos ou inverídicos. Nesse sentido, a pressão dos usuários e do MPF ocorreu principalmente devido às eleições que ocorrerão este ano no Brasil. Mas outros temas, como a pandemia de covid-19 e a manipulação de imagens, também estão no foco da proposta.

Montagem mostra celular sendo segurando pela mão de uma pessoa, com a logomarca do Twitter na tela. Ao fundo, mapa do mundo com pontos destacados e ligados por linhas, como se fossem transmissões de dados
(Pixabay)

“Até agora, esse mecanismo provou que é útil, mas também tem suas complexidades. Dos tuítes denunciados e analisados ​​por nossas equipes, apenas 10% violavam nossas políticas. Isso indica que ainda são necessárias melhorias no processo”, escreveu o perfil oficial da rede no Brasil.

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Segundo o Twitter, a nova ferramenta irá complementar os quesitos já existentes de segurança, uma vez que boa parte do conteúdo falso é disseminado por robôs. Para fazer uma denúncia, é necessário indicar que o tuíte é um spam (mensagens não solicitadas, normalmente enviadas por robôs) ou expõe ódio, o que inclui ameaças físicas a uma determinada pessoa ou grupo, por exemplo.

Em 5 de janeiro, usuários do Twitter cobraram a rede social para inserir a ferramenta de combate às fake news no Brasil. Com isso, a hashtag #TwitterApoiaFakeNews esteve entre os assuntos mais comentados. Um dia depois, o MPF enviou um ofício questionando por que a empresa não havia colocado o mecanismo em prática no país.

Em seu blog, a rede social também argumentou que “desde o lançamento desse teste, recebemos 3,73 milhões de denúncias referentes a 1,95 milhão de diferentes tuítes publicados por 64 mil contas distintas”, o que dá uma ideia da dimensão de manifestações contra fake news ou mesmo contra usuários em geral.

Por Deutsche Welle
gb/ots

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