Brasil

Anac autoriza volta dos voos do Boeing 737 MAX no Brasil

A Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) autorizou nesta quarta-feira (25/11) o retorno das operações de aeronaves Boeing 737-8 MAX nos céus do Brasil. A medida ocorre quase dois anos depois da suspensão das operações do modelo no país, na esteira de decisões semelhantes pelo mundo devido a dois acidentes que deixaram 346 mortos em cinco meses.

Em nota, a Anac informou que autorização para a volta de 737-8 MAX ocorre após a agência concordar com a avaliação de reguladores americanos de que todos os elementos técnicos necessários para solucionar as questões de segurança foram cumpridos. Na semana passada, a Agência Federal de Aviação americana (FAA, na sigla em inglês) autorizou a volta da aeronave aos céus dos EUA. 

“A Anac retirou a Diretriz de Aeronavegabilidade que restringia a operação do MAX no Brasil após concordar com a avaliação da FAA de que todos os elementos técnicos e regulatórios necessários para endereçar as questões de segurança foram realizados. A Diretriz de Aeronavegabilidade da FAA, divulgada no dia 20/11, foi adotada também pela Anac e tem vigência automática no Brasil, devendo ser cumprida de imediato pelos operadores aéreos que pretendem operar o modelo”, apontou a agência.

Atualmente, somente a Gol Linhas Aéreas possui aeronaves Boeing 737-8 MAX na frota brasileira. A companhia aérea já informou na semana passada, após a divulgação da decisão da FAA, que espera retomar os voos dos seus 737 MAX em 30 dias.

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As aeronaves Boeing 737 MAX pararam de voar pelo mundo após acidentes aéreos na Indonésia e na Etiópia, que mataram 346 pessoas em cinco meses, em 2018 e 2019.

Agora, o 737 MAX retorna justamente num momento em que o setor se encontra muito afetado pela pandemia de coronavírus, situação que levou a Boeing a perder 393 pedidos de aeronaves nos primeiros dez meses do ano.

A Boeing também estima que a crise gerada pelo 737 MAX lhe custou cerca de 20 bilhões de dólares (R$ 106 bilhões): 11,3 bilhões de dólares pelos custos diretos e indiretos associados com a produção e a suspensão de sua fabricação durante vários meses, e 8,6 bilhões de dólares relacionados às indenizações oferecidas às companhias aéreas.

A crise também levou a Boeing a rescindir em abril de 2020 o acordo de compra da área de aviação comercial da brasileira Embraer, que previa a criação de holding de 5 bilhões de dólares que teria controle da gigante americana.

JPS/dw/ots

Por Deutsche Welle

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