Bares do Centro vão testar mesas na calçada
O prefeito de São Paulo, Bruno Covas, disse hoje (5) que vai iniciar um projeto piloto na capital paulista para que bares e restaurantes possam colocar mesas nas calçadas. Os testes serão feitos nas ruas Major Sertório, Bento Freitas, José Paulo Mantovan Freire e General Jardim, localizadas na região da República, no centro da cidade. O decreto será publicado amanhã (6) no Diário Oficial do Estado.
As mesas que ficarem nas ruas poderão comportar, no máximo, quatro pessoas, e deverão estar identificadas com os nomes do restaurante responsável. Elas também deverão estar distantes uma da outra e respeitar a largura mínima de 1,20 metro de faixa livre para circulação de pedestres. Será proibido o atendimento de pessoas que estejam em pé. Os parklets, espaços públicos de convivência situados em local antes destinado ao estacionamento de veículos e em esquinas, poderão ser utilizados para o atendimento.
O projeto será avaliado por quatro semanas após sua implementação. Caso dê certo, a ideia poderá ser levada para outras regiões da cidade. “Eles (comerciantes) estão sabendo do risco que eles correm de fazer um investimento e eventualmente, daqui a alguns dias, a Vigilância Sanitária entender que não deu certo e é preciso retroceder. Da mesma forma que se der certo nós vamos poder ampliar esse tipo e esse exemplo em toda cidade de São Paulo”, disse o prefeito, em coletiva à imprensa.
Segundo a administração municipal, o objetivo da proposta é fomentar as medidas de distanciamento social e criar alternativas para geração de renda a esses estabelecimentos. A ideia é tentar contornar a limitação de público imposta pela quarentena a esses estabelecimentos. Como a capital está na Fase 3 – Amarela do Plano São Paulo, os bares e restaurantes podem abrir com limitação de 40% de sua capacidade. Estes estabelecimentos também têm limite de tempo de funcionamento, no máximo seis horas.
O projeto-piloto é inspirado na ocupação de espaços externos de outras capitais do mundo, tais como Paris e Nova York.
De acordo com Bruno Covas, não haverá investimento público no projeto.
Por Elaine Patricia Cruz – Repórter da Agência Brasil