Covid-19

Brasil registra mais 620 mortes por Covid-19

O Brasil registrou neste domingo (16/08) um total de 23.101 novos casos confirmados de coronavírus e mais 620 mortes, segundo dados do Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass) e do Ministério da Saúde.

O balanço eleva o total de infecções para 3.340.197 e o total de óbitos para 107.852. Ao todo, 2.432.456 pessoas se recuperaram da doença, e 799.889 estão em acompanhamento, segundo o ministério. O Conass não divulga número de recuperados.

Diversas autoridades e instituições de saúde alertam, contudo, que os números reais de casos e mortes devem ser ainda maiores no país, em razão da falta de testagem em larga escala e da subnotificação. As cifras reportadas no fim de semana também costumam ser mais baixas, já que equipes responsáveis pela notificação funcionam em escala reduzida.

São Paulo é o estado brasileiro mais atingido pela epidemia, com 699.493 casos e 26.852 mortes. O número de infectados no território paulista supera os registrados em quase todos os países do mundo, exceto Estados Unidos, Índia e Rússia.

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A Bahia é o segundo estado brasileiro com maior número de casos, somando 216.030, mas fica atrás de São Paulo, Rio de Janeiro, Ceará, Pernambuco e Pará em número de mortos, com 4.406.

O Ceará é o terceiro em número de infecções, com 197.619, seguido do Rio, que tem 194.279 casos. Com 14.562 óbitos, o Rio é o segundo estado com mais mortos.

A taxa de mortalidade por grupo de 100 mil habitantes é atualmente de 51,3 no Brasil – cifra bem acima da registrada em países vizinhos como a Argentina (12,67) e o Uruguai (1,10), considerados exemplos no combate à pandemia.

Por outro lado, nações europeias duramente atingidas, como o Reino Unido (70,37) e a Bélgica (86,98), ainda aparecem bem à frente. Esses países começaram a registrar seus primeiros casos antes do Brasil, e o número de óbitos diários está atualmente na faixa das dezenas, com o pico tendo sido registrado em abril e maio.

O vírus atingiu em cheio a cúpula do governo brasileiro, tendo infectado uma série de ministros e o presidente Jair Bolsonaro. A primeira-dama Michelle Bolsonaro, que também contraiu a doença, anunciou neste domingo que já está curada.

Diagnosticada com covid-19 em 30 de julho, ela compartilhou em rede social o resultado de seu exame mais recente, que deu negativo. Já Bolsonaro anunciou que testou positivo em 7 de julho e permaneceu em isolamento no Palácio da Alvorada até 25 de julho, quando informou estar recuperado.

Também neste fim de semana, o Brasil completou três meses sem um ministro da Saúde. O posto vem sendo ocupado interinamente desde 15 de maio pelo general Eduardo Pazuello, que não tinha experiência na área e indicou militares para quase todos os postos-chave do ministério.

Na sua gestão, as mortes e novas notificações de casos dispararam no país. Foram mais de 90 mil novos óbitos e mais de 3 milhões de casos registrados desde que a pasta passou a ser gerida por Pazuello e outras dezenas de militares.

Na prática, o ministério, sob os militares, vem referendando sem questionamentos as diretrizes de Bolsonaro, que é contra medidas amplas de isolamento social e que promove a cloroquina como uma “cura” contra a covid-19, mesmo sem embasamento científico.

Sob a intervenção pessoal do presidente e do Exército, a pasta também tentou esconder os números da epidemia no início de junho, mas voltou atrás após ordem do Supremo Tribunal Federal.

Em números absolutos, o Brasil é o segundo país do mundo com mais infecções e mortes por coronavírus, atrás apenas dos Estados Unidos, que já acumulam mais de 5,3 milhões de casos e mais de 169 mil óbitos.

No sábado à noite, a Organização Mundial da Saúde (OMS) anunciou que o mundo bateu um novo recorde de casos de covid-19 em 24 horas. Foram quase 300 mil novas infecções, puxadas principalmente pelos Estados Unidos, Brasil e Índia.

Ao todo, mais de 21,5 milhões de pessoas foram infectadas pelo vírus em todo o planeta, enquanto mais de 772 mil pessoas morreram em decorrência da doença, segundo contagem mantida pela Universidade Johns Hopkins.

EK/ots/abr

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A Deutsche Welle é a emissora internacional da Alemanha e produz jornalismo independente em 30 idiomas.

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