Política

Campanha eleitoral é dominada por troca de acusações sobre fake news

O WhatsApp está tomando medidas contra empresas que atuam com envio em massa de mensagens com conteúdos falsos ou enganosos(Divulgação)

Às vésperas do segundo turno das eleições, as atenções das equipes dos dois candidatos à Presidência da República, Jair Bolsonaro (PSL) e Fernando Haddad (PT), estão voltadas para a troca de acusações e disseminação de fake news em redes sociais e aplicativos.

Na manhã de hoje (19), Haddad definiu como “tsunami cibernético” a avalanche de denúncias a respeito do assunto, inclusive sobre a suposta existência de um grupo de empresários que financiaram a divulgação de informações falsas anti-PT. O candidato chamou a Justiça de “analógica”.

Flávio Bolsonaro, senador eleito pelo Rio de Janeiro e filho do candidato à Presidência pelo PSL, postou no Twitter por volta das 12h que o WhatsApp chegou a bloqueá-lo da rede. “A perseguição não tem limites! Meu WhatsApp, com milhares de grupos, foi banido sem nenhuma explicação! Exijo uma resposta oficial da plataforma”, disse. No início da tarde, ele postou mensagem para explicar que o bloqueio havia ocorrido há dias e que seu número pessoal já havia sido desbloqueado.

Oficial

Siga nosso canal no Whatsapp

O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) adiou para domingo (21), às 14h, a entrevista coletiva marcada para esta tarde para anunciar medidas de combate à disseminação de notícias falsas (fake news) nas redes sociais. A entrevista, segundo assessores, foi adiada devido incompatibilidades nas agendas dos participantes.

A previsão era que a entrevista coletiva ocorresse hoje. A coletiva foi anunciada após o TSE receber cobranças sobre as medidas efetivas para impedir candidatos e partidos de compartilhar conteúdo falso durante a campanha eleitoral.

Deverão participar da coletiva prevista no próximo domingo a presidente do TSE, ministra Rosa Weber, os ministros Raul Jungmann, da Segurança Pública, e Sérgio Etchegoyen, do Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República, a procuradora-geral da República, Raquel Dodge, a advogada-geral da União, Grace Mendonça, e o diretor-geral da Polícia Federal, Rogério Galloro.

Recursos

Ontem (18), a coligação que sustenta a candidatura de Fernando Haddad (PT) à Presidência da República e o PSOL entraram com pedidos no TSE para declarar Bolsonaro inelegível por oito anos, em razão das suspeitas de uso de sistemas de envio de mensagens em massa na plataforma WhatsApp custeados por empresas de apoiadores do candidato.

Pelo Twitter, Bolsonaro afirmou que não tem controle sobre apoios voluntários e que o PT não está sendo prejudicado por fake news, e sim pela “verdade”.

0 0 votes
Avaliar artigo
Se inscrever
Notificar de
Os comentários são de responsabilidades de seus autores e não representa a opinião deste site.

0 Comentários
Inline Feedbacks
View all comments

Mais artigos desta categoria

Botão Voltar ao topo
0
Está gostando do conteúdo? Comente!x
Fechar

Bloqueador de anúncios

Não bloqueie os anúncios