Febre brasileira mata paulista e deixa Saúde em alerta
- Luciano Huck doa R$ 1 milhão às vítimas do RSValor foi revelado por Déa Lúcia, no Domingão com Huck
- Aposta única leva R$ 46 milhões da Mega-senaConfira as dezenas sorteadas neste sábado
- Tornado é confirmado no Norte do Rio Grande do SulFenômeno foi registrado no município de Gentil
- Estuprador em série tem prisão preventiva decretadaAcusado violentou mulheres com idades entre 12 e 66 anos
- Talassemia: nova terapia genética vence doença no sangue; entendaNovo método – já aprovado na Europa – elimina necessidade de transfusões frequentes
- Fux será relator do processo que tornou Bolsonaro inelegívelIndicado por Lula, Cristiano Zanin se declarou impedido
O Ministério da Saúde comunicou a detecção de um caso de febre hemorrágica brasileira em São Paulo. O paciente, morador de Sorocaba, no interior do estado, morreu 12 dias depois da internação. De acordo com a pasta, ele contraiu um novo vírus do gênero Mammarenavírus, da família Arenaviridae, de espécie ainda indefinida e semelhante à Sabiá. O arenavírus não era identificado no país há mais de 20 anos.
Segundo a assessoria da pasta, o homem não apresentava histórico de viagem internacional e a origem da contaminação ainda não foi confirmada. Ele deu entrada, no dia 30 de dezembro, em um hospital no município de Eldorado, localizado a cerca de 250 quilômetros da capital. No período, foi submetido a exames que descartaram outras doenças transmissíveis, como febre amarela, hepatites virais, leptospirose, dengue e zika.
O paciente passou ainda por outras unidades de saúde, em Pariquera-Açu e São Paulo. O último atendimento ocorreu no Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (HCFM-USP).
O reconhecimento da doença foi feito pelo Laboratório de Técnicas Especiais, do Hospital Israelita Albert Einstein. “O que se sabe é que as pessoas contraem a doença possivelmente por meio da inalação de partículas formadas a partir da urina, fezes e saliva de roedores infectados”, diz a nota do ministério, divulgada na noite desta segunda-feira (20).
Entre os pacientes com febre hemorrágica brasileira podem ocorrer os seguintes sintomas: febre, mal-estar, dores musculares, manchas vermelhas no corpo, dor de garganta, no estômago e atrás dos olhos, dor de cabeça, tonturas, sensibilidade à luz, constipação e sangramento de mucosas, como boca e nariz.
Com o agravamento do quadro de saúde, o sistema nervoso pode ser afetado. O comprometimento neurológico se manifesta por sonolência, confusão mental, alteração de comportamento e convulsão.
O período de incubação da doença é longo, tendo, em média, duração de 7 a 21 dias.
Incidência
- Talassemia: nova terapia genética vence doença no sangue; entendaNovo método – já aprovado na Europa – elimina necessidade de transfusões frequentes
- Médico destaca a importância do diagnóstico precoce e de medidas preventivas para evitar a ErisipelaSintomas iniciais podem assemelhar-se aos de uma gripe, incluindo mal-estar, fadiga, calafrios e febre geralmente alta
- Cuidados para se ter nos climas secos e quentesEvitar exercícios nos horários mais quentes, beber água e passar protetor solar podem ajudar a preservar a saúde
- Risco de Trombose Venosa Profunda em voos de longa duração pode ser evitado com medidas simplesEspecialista esclarece que o uso de meias de compressão graduada pode ser uma ação eficaz para evitar o problema. Saiba quais pessoas estão mais predispostas à doença
- Anvisa mantém venda de cigarros eletrônicos proibida no BrasilDecisão unânime da Agência Nacional de Vigilância Sanitária mantém veto aos dispositivos
- Dia D de vacinação contra gripe ganha apoio de artistas; assistaMeta do Ministério da Saúde é vacinar 75 milhões de pessoas
No ano passado, a Bolívia enfrentou um surto de arenavírus, segundo a Organização Pan-Americana da Saúde (Opas).
Em matéria veiculada em dezembro, o assessor regional para Doenças Virais da OPAS, Jairo Méndez, menciona que, a princípio, se pensava que eram casos de dengue, mas que o Centers for Disease Control and Prevention dos Estados Unidos (CDC), que mantém parceria com a entidade, confirmou se tratar de arenavírus.
Como o arenavírus pode ser transmitido de pessoa a pessoa, as equipes dos hospitais que trataram do paciente estão sendo monitoradas, como também seus familiares, de acordo com o governo federal. A transmissão pode acontecer por meio do contato com saliva, sangue, urina, fezes, vômito, sêmen e outras secreções e excreções. Por isso, recomenda-se o uso de equipamentos de proteção.
O Ministério da Saúde informou que dará uma resposta à população, face ao incidente. Além de publicar um boletim epidemiológico com detalhes sobre o quadro notificado, a pasta promoveu uma reunião com representantes da Secretaria da Saúde de São Paulo, o HCFM-USP e o Conselho Nacional de Saúde, que devem atuar sobre o caso.
Por Letycia Bond – Repórter da Agência Brasil