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Fraudes no Porto de Santos são alvos de operação

Por Flávia Albuquerque

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Apreensão em um dos locais onde os policiais cumpriram mandados de busca (PF/Reprodução/via G1)

A Polícia Federal (PF), em conjunto com o Ministério Público Federal (MPF), a Controladoria-Geral da União (CGU) e a Receita Federal, deflagrou hoje (22), a Operação Círculo Vicioso para cumprir 21 mandados de prisão temporária e 24 de busca e apreensão na capital paulista, em Santos, no Guarujá, em Ilha Bela (no litoral paulista), Bragança Paulista e Serra Negra (no interior), além de Duque de Caxias (RJ) e Fortaleza (CE).

Esta é a segunda fase da Operação Tritão, iniciada em outubro de 2018, para apurar irregularidades em contratos firmados pela Companhia Docas do Estado de São Paulo (Codesp), administradora do Porto de Santos. Os novos mandados expedidos pela Justiça Federal a pedido do MPF foram feitos com base nas provas e documentos recolhidos naquela época, em informações prestadas por meio de um acordo de colaboração premiada e nos dados enviados pela Codesp.

Um dos mandados foi expedido contra um ex-deputado federal, que participou das fraudes enquanto exercia o mandato e quando foi presidente da Câmara de Vereadores do Guarujá. Segundo as informações do inquérito, ele foi responsável pela indicação de membros da antiga diretoria da Codesp e que permitiam o esquema de corrupção. “As irregularidades envolveram o direcionamento de licitações em troca de vantagens ilícitas como o pagamento de propinas e a liquidação de despesas pessoais dos envolvidos. Entre empréstimos e bens utilizados, o ex-deputado recebeu R$ 1,6 milhão”, diz o MPF.

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Os mandados atingem também ex-integrantes da diretoria da Codesp, empresários e as sedes das empresas beneficiadas. Segundo o MPF, uma delas recebeu em dez anos mais de R$ 100 milhões em contratos para prestação de serviço de segurança no Porto de Santos. Outro alvo foi uma empresa contratada em 2018 por R$ 2,7 milhões para o monitoramento do terminal por drones. “Os dois contratos foram denunciados pela atual diretoria, que entregou toda a documentação ao MPF. Os contratos foram cancelados este ano”.

Os investigados responderão pelos crimes de organização criminosa, associação criminosa, fraude a licitações, corrupção ativa e passiva.

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