PF acusa Rodrigo Maia de corrupção e lavagem de dinheiro
Por André Richter

(Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil)
- Governo enviará mensagens a celulares roubados exigindo a devoluçãoNova funcionalidade do programa Celular Seguro visa recuperar dispositivos furtados e coibir crimes relacionados
- Temporal provoca alagamentos no ABC paulista e deixa 96 mil domicílios sem energiaFortes chuvas causam inundações e interrupção no fornecimento de energia na região metropolitana de São Paulo
- Pedágios ficam mais baratos nas rodovias Castello Branco e Raposo Tavares em SPCom redução de até 35%, novas tarifas já estão em vigor em trechos operados pelas concessionárias EcoRodovias e CCR; sistema free-flow será implantado
- Governo divulga teto de reajuste de medicamentos; aumento pode chegar a 5,06%Índice será anunciado nesta segunda-feira pela CMED e tem como base a inflação; novos preços não são automáticos e variam conforme o mercado
- Lula cogita ligar para Trump em tentativa de reverter tarifas sobre produtos brasileirosPresidente busca diálogo direto com Trump antes de acionar OMC ou adotar retaliações às tarifas sobre aço, alumínio e automóveis
O Supremo Tribunal Federal (STF) enviou nesta segunda-feira (26) à Procuradoria Geral da República a conclusão de inquérito da Polícia Federal (PF) aberto para investigar o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, e o vereador Cesar Maia (DEM-RJ), pai do deputado. Ao concluir as investigações, os delegados da PF atribuíram aos dois os crimes de corrupção passiva, falsidade ideológica eleitoral e lavagem de dinheiro pelo recebimento de “vantagens indevidas” da empreiteira Odebrecht.
De acordo com os delegados “há elementos concretos e relevantes” da existência dos crimes investigados”. Após receber o inquérito, o relator do caso, ministro do STF Edson Fachin, enviou a investigação para a procuradora-geral da República, Raquel Dodge, que terá 15 dias para decidir se vai oferecer denúncia contra os acusados ou pedirá o arquivamento do inquérito.
Segundo a PF, Rodrigo Maia e Cesar Maia receberam total de “valores indevidos” de R$ 1,6 milhão da Odebrecht nos anos de 2008, 2010, 2011 e 2014. O objetivo dos recebimentos, segundo o inquérito, seria “garantir um canal aberto de comunicação para o exercício de influência”. Os supostos pagamentos foram indicados por ex-diretores da empresa que assinaram acordos de delação premiada.
“Sendo assim, havendo elementos concretos de autoria e materialidade, nas circunstâncias descritas nos tópicos acima, para se atestar que estão presentes indícios suficientes de que o deputado federal Rodrigo Felinto Ibarra Maia e Cesar Epitácio Maia, vereador da cidade do Rio de Janeiro, cometeram o delito de corrupção passiva ao solicitarem e receberem contribuições indevidas nos anos de 2008, 2010, 2011 e 2014”, concluiu a PF.
Defesa
Em nota, Rodrigo Maia disse que todas as doações recebidas em suas campanhas foram feitas dentro da lei. Segundo o deputado, as provas utilizadas pela PF foram baseadas somente nas palavras dos delatores.
“Sobre o relatório apresentado pela Polícia Federal, volto a afirmar que todas as doações que recebi em minhas campanhas eleitorais foram solicitadas dentro da legislação, contabilizadas e declaradas à Justiça. Nunca houve pagamentos não autorizados por parte da Odebrecht ou de qualquer outra empresa. A conclusão do relatório da Polícia Federal, portanto, não tem embasamento fático, comprobatório ou legal, já que foi baseado exclusivamente em palavras e planilhas produzidas pelos próprios delatores. Eu confio na Justiça e estou seguro que os fatos serão esclarecidos, e este inquérito, arquivado.”, disse Maia.
*Colaborou Heloísa Cristaldo