Quadrilha que fazia migração de pessoas é investigada
Por Fernanda Cruz
- Licitação para privatização de linhas da CPTM é autorizada pelo governo de São PauloGoverno de São Paulo autoriza licitação para concessão das linhas 11, 12 e 13 da CPTM ao setor privado por 25 anos.
- Inquérito da PF contra Bolsonaro segue para a PGR; decisão pode ocorrer em 2025Ex-presidente Jair Bolsonaro e outros 36 indiciados serão avaliados pela Procuradoria-Geral da República; Mauro Cid mantém delação premiada.
- 4 aperitivos para esperar a ceia de natalInove com receitinhas fáceis para tornar a ceia de natal mais saborosa
- Quatro em cada dez jovens negros já foram excluídos no trabalhoPesquisa mostra que quase 40% não tiveram crédito por suas ideias
- Abaixo-assinado mobiliza sociedade contra venda de fazenda de pesquisa do IACDocumento, que defende a preservação do patrimônio científico, está aberto à assinatura
A Polícia Federal (PF) cumpre hoje (31) oito mandados de prisão temporária e 18 mandados de busca e apreensão na Operação Estação Brás e Bengal Tiger contra o contrabando de migrantes e lavagem de dinheiro nas cidades em São Paulo, Embu das Artes (SP), Taboão da Serra (SP) e Garibaldi (RS). A PF considera esta uma das maiores operações internacionais já realizadas.
Desde maio de 2018, policiais investigam estrangeiros domiciliados em São Paulo que estariam liderando organização criminosa voltada à promoção de migração ilegal de pessoas para os Estados Unidos. Os inquéritos policiais tiveram cooperação policial internacional com a agência norte-americana de imigração U.S. Immigration and Customs Enforcement.
A polícia descobriu que o grupo criminoso agia solicitando refúgio e fornecendo documentos de viagem falsos (como passaportes, vistos e cartas de tripulantes marítimos) a migrantes ilegais oriundos de países como Afeganistão, Bangladesh, Índia, Nepal e Paquistão.
Os migrantes desembarcavam no Aeroporto Internacional de Guarulhos, seguiam para Rio Branco (AC), atravessavam a fronteira com o Peru e prosseguiam por via terrestre (ônibus, barco, carona e a pé) até a fronteira do México com os Estados Unidos.
Durante o processo, esses migrantes sofriam maus-tratos, como cárcere privado, agressões físicas e psicológicas. Oito migrantes bengaleses, inclusive, foram sequestrados por cartéis de drogas mexicanos, na cidade de Nuevo Laredo, na fronteira do México com os Estados Unidos em junho deste ano.
Segundo estimativa da PF, a organização criminosa movimentou ao menos 10 milhões de dólares entre 2014 e 2019. Os investigados responderão, na medida de suas participações, pelos crimes de contrabando de migrantes (qualificado pela submissão a condições desumanas e degradantes), lavagem de dinheiro e organização criminosa, com penas de três a dez anos de prisão, sem prejuízo de responderem por outros crimes que possam ser descobertos ao longo da investigação.