Covid-19

Insumos para produção da Coronavac já estão em SP

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Insumos chegam ao Aeroporto de Viracopos, em Campinas (Gov. do Estado de SP)

Já está em São Paulo o quarto lote de insumos para produção da vacina do Instituto Butantan contra o coronavírus. A carga foi recebida no fim da noite de ontem (3), no Aeroporto de Viracopos, em Campinas. Segundo o Governo do Estado, essa é o maior carregamento remetido da China para o Brasil até agora e vai permitir a produção de mais 8,6 milhões de doses do imunizante na capital paulista.

“Quanto mais rápido vacinarmos, mais rápido sairemos da crise, mais rápido a economia retoma. E voltaremos a ter felicidade e alegria, a possibilidade de reencontrar nossos amigos, nossos familiares e participarmos de atividades que hoje não podemos fazer, porque temos que nos proteger, com a máscara, o álcool em gel, o distanciamento, evitando aglomerações”, afirmou o Governador João Doria, que foi ao aeroporto acompanhar o desembarque dos insumos.

O lote com 5,4 mil litros de IFA (Insumo Farmacêutico Ativo) foi enviado pela biofarmacêutica Sinovac, com sede em Pequim e parceira internacional do Butantan no desenvolvimento da vacina. Em São Paulo, as 8,6 milhões de doses serão envasadas, embaladas e rotuladas para integração ao PNI (Plano Nacional de Imunizações). Elas começarão a ser entregues ao Ministério da Saúde no próximo dia 23.

Para a próxima semana, está prevista nova remessa de 5,6 mil litros de matéria-prima para a produção de cerca de 8,7 milhões de doses. Com isso, as vacinas prontas e insumos adquiridos pelo Butantan irão corresponder a mais de 27 milhões de doses para imunizar a população brasileira.

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Além disso, já existe outro pedido do Butantan à Sinovac para mais uma carga de 8 mil litros de IFA, o que permitirá acelerar ainda mais a produção local de novas vacinas. Em janeiro, o Butantan entregou 8,7 milhões de vacinas ao Ministério da Saúde, com 6 milhões no dia 17, outras 900 mil no dia 22 e mais 1,8 milhão no dia 29.

Processo de envase

A área produtiva da fábrica do Butantan tem 1,8 mil metros quadrados e conta com 370 profissionais, dos quais 120 foram contratados em janeiro para reforçar a produção da vacina contra o coronavírus. A capacidade de envase diário pode alcançar até um milhão de doses.

Assim que chega ao Butantan, a matéria-prima é acondicionada em um contêiner de aço inox e armazenada em uma câmara fria. Para o processo de envase, esse contêiner é encaminhado para a sala de tanques, onde o IFA será transferido para uma bolsa de agitação e depois para o tanque pulmão em que as vacinas são armazenadas em frascos.

As ampolas são lavadas e esterilizadas com ar seco quente, passam para a máquina envasadora e, por meio de esteiras automáticas, são posicionadas em agulhas que despejam o produto com o auxílio de uma bomba dosadora. Já com a vacina, os frascos seguem por uma esteira automática a uma máquina recravadora para a colocação de selos de alumínio.

Os frascos passam por uma inspeção e checagem dos rótulos antes da embalagem final. Com as vacinas envasadas, o Butantan promove testes de qualidade por amostragem, incluindo aspecto, pH, volume extraível, volume médio, teor de alumínio, teste de vedação, osmolalidade, identidade, conteúdo antigênico, toxicidade, esterilidade e endotoxina.

Com Gov. de São Paulo

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