Capital

Ciclovia: prefeitura apresenta novo plano

Ciclovia na Avenida Paulista, região central de São Paulo. (Arquivo/Agência Brasil)

A prefeitura de São Paulo apresentou hoje (3) uma sugestão para o plano cicloviário da cidade. O projeto foi concluído depois de 17 reuniões com a Câmara Temática de Bicicleta do Conselho Municipal de Transporte e Trânsito e ainda será discutido em audiências públicas nas 32 prefeituras regionais da capital.

O objetivo do plano é garantir a melhoria da mobilidade e mais conexão entre os diferentes modais de transportes, reconhecendo a bicicleta como meio de transporte, com rede cicloviária abrangente, segura e integrada.

Segundo a prefeitura, a cidade de São Paulo conta com 498 quilômetros de malha cicloviária permanente e, até 2028, deverá ter mais 1.420 quilômetros. Além da ampliação da rede de ciclovias e ciclofaixas, o projeto prevê a conexão a terminais de ônibus e estações de metrô e trem.

De acordo com o secretário municipal de Mobilidade e Transportes, João Octaviano Machado Neto, o plano prevê a requalificação e criação de ciclovias, ciclofaixas e ciclorrotas, com base no tráfego da via; implantação de estruturas de acalmamento de tráfego onde forem implantadas ciclorrotas e melhora da infraestrutura de apoio ao ciclista com bicicletários e paraciclos.

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O plano também prevê uma ordem de prioridade da rede cicloviária com base nas características da via, tendo a Rede Estrutural composta pelas principais ligações cicloviárias e formada pelos eixos Norte, Sul, Leste e Oeste, e o Minianel Viário (marginais, avenidas dos Bandeirantes, Tancredo Neves, Juntas Provisórias e Salim Farah Maluf), o anel na região central e uma rede que atravessa a cidade.

Na Rede Regional haverá estruturas de ligação entre comércio, serviço, transporte e lazer com a função de conexão entre os eixos estruturais. E a Rede Local estará em ruas que ligam a rede regional aos bairros e às áreas de interesse local. Da rede local farão parte ruas com baixo volume de veículos que terão tratamento para acalmar o tráfego, com intervenções na geometria para redução de velocidade.

Octaviano informou ainda que o novo plano cicloviário propõe a implantação de infraestrutura para que os ciclistas possam guardar a bicicleta e usar o transporte público. Além dos terminais da SPTrans, que já dispõem de bicicletários, a proposta é incentivar a instalação de tais equipamentos em estações da CPTM e do Metrô, para que o ciclista possa fazer o restante de sua viagem em outro meio de transporte. “Queremos dar a máxima utilidade às ciclovias existentes, promovendo a interligação da malha cicloviária com terminais de ônibus, do Metrô e da CPTM”, acrescentou.

Também estão previstas para este semestre a requalificação de estruturas, como a implantação de ciclofaixa conectando ao Terminal Pinheiros na Ciclofaixa Costa Carvalho; Eixo Estrutural Norte, com uma ciclovia conectando o centro à zona norte; Ciclofaixa Fernandes Moreira, que será substituída pela Ciclofaixa Alexandre Dumas; Ciclofaixa Vila Prudente, será substituída pela Ciclovia Luis Ignácio de Anhaia Melo; e Ciclofaixa Lopes de Azevedo, será substituída pela ciclorrota com tráfego mais leve.

“O novo plano vai trazer racionalidade ao sistema. A ampliação da malha cicloviária será feita de forma gradativa, atendendo às necessidades da população. O objetivo é tornar o uso da bicicleta uma alternativa segura, além de oferecer conectividade a vias estruturais e ao sistema de transporte público”, disse o prefeito Bruno Covas.

(Flávia Albuquerque/Agência Brasil)

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Gustavo Medeiros
03/08/2018 - 21:54 9:54pm

Isso é maravilhoso, mas me veio uma duvida: a prefeitura pretende mesmo espalhar pela cidade uma rede eficiente e segura ou apenas deixar uma gigantesca malha em bairros como Jardim Europa, Cerqueira César, etc… e nos extremos da cidade não criará nada? Pois a implantação inicial das bicicletas da Yellow em São Paulo deixou a maioria nessa região e os extremos das cidades contavam com duas no máximo…

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