Dia da mulher: 10 histórias de empreendedoras que inspiram
No Brasil cerca de 24 milhões de mulheres são empreendedoras, segundo dados de estudo realizado pelo Sebrae. São muitos casos em que o empreendedorismo é uma alternativa criada pela necessidade. No país, 44% do público feminino aposta na criação de um negócio como alternativa para complementar a renda e até mesmo como única receita dentro de casa.
Em comemoração ao Dia Internacional da Mulher, 8 de Março, que representa as vitórias conquistadas pelas mulheres ao redor do mundo, conheça 10 histórias de empreendedoras brasileiras e que ajudaram a economia brasileira movimentando mais de R$ 800 mi em 2019.
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- Renata Marcolino
Com dívidas acumuladas, a fonoaudióloga Renata Marcolino precisou recorrer a outra alternativa de renda com o propósito de auxiliar o marido em um momento de dificuldade financeira. A então funcionaria pública decidiu apostar no comércio de sapatilhas populares para saldar a dívida da família. A criação do negócio começou com as revendas dos calçados dentro do porta-malas do carro da fonoaudióloga, que usava o veículo para ir até as casas de suas clientes.
Da ideia de levar os calçados até suas clientes, nasceu a Mil e Uma Sapatilhas, que já vendeu mais de dois milhões de sapatilhas e se tornou o primeiro negócio com foco no público emergente com produtos licenciados Disney. Com mais de 140 unidades abertas, a marca faturou R$ 60 milhões em 2019 com a comercialização de sapatilhas.
- Danyelle Van Straten
Danyelle Van Straten é o nome por trás da Depyl Action, franquia especializada em depilação e cuidados com o pelo que faturou em 2019 mais de R$ 122 milhões. A marca tem mais de 110 unidades em operação no Brasil e duas na Venezuela. A rede pretende inaugurar dez unidades em 2020. A franquia nasceu em 1996, mas o negócio deu os primeiros passos na década de 1980, quando a família de Danyelle Van Straten descobriu uma receita caseira de cera de depilação. Associada a uma técnica, também criada pela família, a remoção de pelos ficava mais confortável. Inicialmente, Danyelle viajava o Brasil vendendo a cera em feiras.
Naquela época, o espaço para depilação representava o fundo do salão, não era nem 10% do negócio. E foi nessa brecha que Danyelle e sua mãe, Glaci Van Straten, enxergaram o próximo passo: oferecer um local exclusivo para a depilação e levar este serviço para a porta da frente. O resultado disso culminou na Depyl Action, transformada em franquia, em 1996. Um espaço privativo, confortável e com atendimento sem hora marcada que oferece além da depilação com cera, serviços de depilação à laser, luz pulsada, design de sobrancelhas, alongamento de cílios, coloração de cílios e da região íntima; aparo de pelos e coloração de barba.
- Marcela Tarraf
Com um sonho de voltar para o interior, Marcela Tarraf, decidiu mudar de área para trazer uma novidade a São José do Rio Preto. Fundada em 2013, a Melting Burgers é conhecida pelo ambiente decorado por equipamentos de esportes americanos e por oferecer lanches de primeira linha, que fazem sucesso também pela criatividade nos nomes. O LeBron James, por exemplo, é o mais vendido da rede e leva catupiry, bacon crocante e crispy de mandioquinha. Em 2019, a rede que produz seus hambúrgueres com carne de Angus, comercializou mais de 240 mil lanches
As vendas de unidades são feitas pelo meio do co-franchising, um modelo de negócio criado pela Cobiz. Com cinco unidades, o negócio faturou R$ 7 milhões no ano passado.
- Rafaela Justino
Nascida em Ribeirão Preto, Rafaela Justino conheceu a Vox2you, franquia de escolas de oratória, em 2017, para aprimorar as técnicas de atendimento aos pacientes quando ainda era enfermeira. Após meses de curso, a enfermeira se apaixonou pela metodologia da franquia. Ao ser desligada do hospital, viu no negócio uma oportunidade de recomeçar e colocar em prática um sonho antigo que era o de empreender.
Em apenas um ano de funcionamento, a unidade possui mais de 300 alunos matriculados e um faturamento de R$ 1,5 milhão.
- Sibele Vaz de Lima
Vendedora de seguros de um grande banco na cidade de Severínia, interior de São Paulo, Sibele Vaz de Lima viu, em 2008, a oportunidade de uma renda extra quando um imóvel, de pouco mais de 15m2, ficou disponível. Mas o que era para ser um complemento financeiro, se tornou a única fonte de renda.
Sibele não contava com o fato de ser demitida poucos meses após o início da empreitada. Desempregada, e logo depois, grávida da segunda filha, ela arregaçou as mangas e foi à luta. Criou a Vazoli, que hoje é a maior franquia de crédito do país, com a ajuda do marido, Eric Vaz de Lima, e transformou uma pequena ideia em um negócio que movimentou mais de R$ 600 milhões em 2019. A rede conta com mais de 100 unidades espalhadas por 22 estados do Brasil.
- Sanaua Morais
Aos 16 anos, Sanaua Morais saiu da cidade de Palmeira dos Índios, interior de Alagoas para estudar biomedicina. Após fazer o primeiro semestre sem pagar as mensalidades, a jovem quase desistiu do curso, mas contou com a ajuda de uma tia para terminar os estudos. Para pagar os outros meses, a estudante recebeu a ajuda de familiares com metade do valor das mensalidades e a outra parte do dinheiro por meio dos sapatos que vendia na faculdade. Dois anos depois Sanaua conseguiu um emprego de vendedora em uma loja de roupa masculina.
Aos 23 anos, já casada e com um emprego na área, a biomédica conhece a Emagrecentro, clínica de emagrecimento e estética. Sanaua e o marido, Diego Peixoto, vendem o apartamento e o carro para investir, em abril de 2016, na franquia da rede. No primeiro mês, a clínica faturou R$ 45 mil e teve mais demanda do que o esperado. Em setembro do mesmo ano, a empresária inaugurou a segunda unidade.
Com duas franquias em Maceió, Sanaua decide, em janeiro de 2019, abrir a terceira clínica da rede, dessa vez, na sua cidade natal, Palmeira dos Índios.
Hoje Sanaua fatura anualmente mais de R$ 3 milhões com as três unidades. Com mais de 40 colaboradores nas clínicas, a empresária espera futuramente ampliar seu negócio por mais estados da região Nordeste.
- Poliana Ferraz
Para Poliana Ferraz, a insatisfação que teve como estagiária fez com que ela criasse uma das maiores redes de franquias de estágios do Brasil. Quando era estudante de direito, ao participar de diversos programas de estágio, sempre se sentia frustrada, pois não realizava as atividades que tinham realmente a ver com sua área. Em seu dia a dia, a limitavam com atividades mais similares ao trabalho de uma secretária, como servir café, atender o telefone e tirar xerox. A situação mudou em 2008, quando a jovem estudou a Lei 11788, conhecida como a “lei do estágio”, e que descrevia os direitos e deveres dos estagiários. Encontrando uma oportunidade de negócio com a sanção da lei, em 2009, Poliana criou a Super Estágios, empresa que direciona estudantes para programas de estágios e realiza a gestão dos mesmos do primeiro ao último, garantindo que a experiência seja satisfatória tanto para o estagiário quanto também para a empresa em que ele trabalha.
Em 2014, a empresa entrou para o franchising, tornando-se a primeira rede de franquias de estágios homologada pela ABF. Hoje, com 36 unidades em operação, a rede foi responsável pela inserção de mais de um milhão de estudantes no mercado de trabalho e em 2019 faturou R$ 37 milhões
- Flávia Aparecida Correa e Mirian Cristina Correa
Conhecida por seus bolos artesanais na cidade de Hortolândia, Flávia Aparecida e sua filha Mirian Cristina, decidiram apostar em um mercado promissor, depois de ver que as demandas pelo produto só aumentavam. Elas uniram o momento do mercado com o sonho de empreender e abriram a Flamy.
Em 2001, mãe e filha inauguraram a primeira unidade da confeitaria, que além de bolos, comercializam também salgados, tortas e sorvetes na taça. Com 15 unidades no estado de São Paulo, a rede faturou mais de R$ 5,5 milhões, no ultimo ano.
- Raissa Diniz
Formada em administração de empresas e com MBA em marketing, Raissa Diniz, de 41 anos, se interessa por assuntos relacionados ao empreendedorismo desde os 16, quando começou a trabalhar no negócio fundado pelo pai, O Borrachão Revestimento. O primeiro cargo de Raissa na empresa de artefatos de borracha foi de auxiliar de estoque. Conforme foi estudando e se especializando, também foi evoluindo de cargo. Já foi auxiliar de secretariado, de caixa, de venda, de gerência e hoje é diretora comercial.
Raissa sempre se manteve informada a respeito de negócios inovadores. Em 2018, adquiriu uma franquia do Clube de Permuta, plataforma de trocas multilaterais de produtos e serviços, em Natal, no Rio Grande do Norte. A empresária encontrou na franquia, uma maneira de driblar a crise econômica que atingia o Brasil e, até o momento, já faturou mais de R$ 1,5 milhão.
10. Thais Mezadri e Daniela Fogaça
Com a mãe internada, e numa nova sociedade com a melhor amiga da matriarca, Thais assumiu a escola de moda e dobrou o faturamento. Para Thais Mezadri, não tem como falar de Sigbol Fashion sem falar de dois amores: a moda e a mãe. Desde pequena Thais tinha o sonho de ser estilista. Aos 16 anos, apoiada pela mãe, iniciou o curso de Desenho de Moda na Sigbol. Após concluir o curso, entrou na faculdade de Negócios de Moda e atuou por alguns anos na área.
Em 2014, a mãe de Thais ficou desempregada e decidiu investir em uma franquia. A Sigbol foi a escolha das duas, enquanto a estilista dava aulas a mãe ficava na administração. Mas em 2018, a mãe de Thais descobriu uma leucemia e pensou em vender a unidade. Thais decidiu assumir a direção da escola enquanto a mãe fazia o tratamento. Com a ajuda de Daniela Fogaça, amiga da família e também apaixonada por moda, elas tocaram o negócio o ano inteiro, até a recuperação da mãe dela.
No inicio de 2019, Thais comprou a unidade da mãe e com a sócia Daniela implantaram estratégias de otimização de espaço e marketing. Em um ano, o faturamento da loja dobrou. De 85 alunos, no inicio de 2019, Thais começou este ano com 110 alunos. Aluna, professora e gestora, hoje Thais usa o conhecimento que obteve nas três áreas para gerir a escola que fatura cerca de R$38 mil por mês.
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