Geddel é condenado após R$ 51 milhões em apartamento
Por André Richter
![](/wp-content/uploads/2018/12/geddel-vieira-lima-1.jpg)
- Prefeitura de São Paulo abre vagas para artesãos atuarem em lojas oficiaisEmpreendedores manuais selecionados poderão expor e divulgar seus produtos artesanais nos pontos de venda do programa Mãos e Mentes Paulistanas
- CDHU abre processo seletivo para contratação de estagiáriosInscrições e provas serão feitas de forma online e recebidas pelo CIEE até às 12h do dia 20 de agosto
- Grupo OLX lança programa Jovens TalentosCandidatos devem residir nas capitais de São Paulo e Rio de Janeiro ou regiões metropolitanas Inscrições vão até 31 de julho
- Envenenamento em pet: saiba quais são os primeiros socorros nesses casosVeterinária explica importância da alimentação no tratamento
- Sebrae-SP oferece vagas para a cidade de São Paulo com salário até R$ 8,6 milSão três oportunidades para profissionais com ensino superior completo ou cursando. Candidatos devem fazer a inscrição até 31 de julho
A Segunda Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) condenou hoje (22) o ex-ministro Geddel Vieira Lima a 14 anos e dez meses de prisão pelos crimes de lavagem de dinheiro e associação criminosa na ação penal do caso relacionado aos R$ 51 milhões em espécie encontrados pela Polícia Federal (PF) em um apartamento há dois anos. No mesmo julgamento, o ex-deputado Lúcio Vieira Lima, irmão de Geddel, recebeu pena de 10 anos e seis meses de prisão.
Pela decisão, Geddel deverá continuar preso em função da condenação e ainda deverá pagar R$ 1,6 milhão como pena pecuniária pela condenação. Lúcio, que responde ao processo em liberdade, também foi condenado ao pagamento de R$ 908 mil. Cabe recurso contra a decisão no próprio Supremo.
A pena de lavagem foi definida por unanimidade pelos ministros. No caso da associação criminosa, os ministros Edson Fachin, Celso de Mello e Cármen Lúcia votaram pela condenação, enquanto Gilmar Mendes e Ricardo Lewandowski se manifestaram pela absolvição.
A denúncia contra Geddel e Lúcio foi apresentada ao STF pela ex-procuradora-geral da República Raquel Dodge. Na acusação, Dodge sustentou que o dinheiro apreendido seria proveniente de esquemas de corrupção na Caixa Econômica Federal investigados em outras ações penais. Geddel foi vice-presidente do banco. Outra parte teria sido acumulada por Lúcio Vieira Lima, que teria se apropriado de parte do salário do ex-assessor parlamentar Job Brandão.
![](/wp-content/uploads/2019/10/geddel-mala-dinheiro-polícia-federal-apartamento-1024x592.jpg)
Além do dinheiro encontrado, mais R$ 12 milhões teriam sido lavados por Geddel e Lúcio por meio de investimentos em imóveis de alto padrão em Salvador.
No processo, o ex-assessor de Lúcio Vieira, Job Brandão, e o empresário Luiz Fernando Costa Filho, sócio da construtora que recebeu investimentos de Geddel, foram absolvidos das acusações de lavagem e associação.
Defesa
No início do julgamento, o advogado Gamil Föppel, representante da família, disse que Geddel está preso há dois anos e que o Ministério Público Federal nunca se conformou com a liberdade do ex-ministro. O advogado também criticou a perícia feita pela Polícia Federal, que não teria seguido os trâmites legais ao encontrar fragmentos de digitais de Geddel em um saco de plástico que continha dinheiro.
“Tenho absoluta certeza que, se respeitadas as regras processuais, não há outra alternativa senão absolver todos os réus de todas as imputações que foram feitas”, disse.