Esportes

Polícia Federal deve investigar fraudes em jogos de futebol

O Ministério Público de Goiás denunciou 16 pessoas por fraudes em 13 partidas de futebol para favorecer apostas esportivas. Em resposta, a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) emitiu uma nota informando que solicitou à Presidência e ao Ministério da Justiça que a Polícia Federal entre no caso, com o objetivo de centralizar todas as informações a respeito dos casos em investigação.

Além disso, a CBF também afastou qualquer possibilidade de interromper a edição 2023 do Campeonato Brasileiro e afirmou que trabalha em conjunto com a Fifa e outras esferas internacionais para um modelo padrão de investigação. Isso é importante para garantir a integridade do esporte e evitar que irregularidades prejudiquem a competição.

De acordo com a denúncia do MP-GO, o grupo criminoso aliciava e cooptava atletas profissionais para, mediante contraprestação financeira, assegurar a prática de determinados eventos em partidas oficiais de futebol e garantir o êxito em elevadas apostas esportivas feitas pelo grupo criminoso em casas do ramo, como www.bet365.com e www.betano.com. O grupo se valia, ainda, de inúmeras contas de terceiros para aumentar seus lucros, ocultar reais beneficiários e registrar a atuação de intermediadores para identificar, fornecer e realizar contatos com jogadores dispostos a praticar as corrupções.

Entre os denunciados está o zagueiro Eduardo Bauermann, que foi afastado pelo Santos de forma preventiva diante dos novos desdobramentos divulgados na Operação Penalidade Máxima II, que resultou na denúncia do MP-GO. Além de Bauermann, outros sete jogadores de times brasileiros também foram incluídos na denúncia: Gabriel Tota (Ypiranga-RS), Victor Ramos (Chapecoense), Igor Cariús (Sport), Paulo Miranda (Náutico), Fernando Neto (São Bernardo) e Matheus Gomes (que atuou no Sergipe).

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Além dos jogadores, mais nove pessoas, entre apostadores e membros da organização criminosa, foram apontados na denúncia. A operação do MP-GO esmiuça 23 fatos criminosos ocorridos durante as partidas, nas quais jogadores se comprometeram a cometer faltas para receber cartões e a cometer pênaltis. A organização criminosa visava apostar nos resultados e eventos induzidos e, desta forma, obter elevados ganhos.

A CBF afirmou que está atenta aos desdobramentos dessa investigação e faz de tudo para garantir a integridade das competições. A entidade máxima do futebol brasileiro já havia criado uma comissão de integridade em 2018, com o objetivo de prevenir e combater a manipulação de resultados, a corrupção, o doping e as apostas ilegais. A comissão é composta por seis membros independentes, que possuem vasta experiência em áreas como direito, compliance, governança, finanças e esportes.

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